A Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), aprovou, no último dia 5, a Proposta de Emenda à Constituição que proíbe as coligações proporcionais nas eleições. Pela proposta, serão permitidas apenas coligações nas disputas de presidente da república, senadores, governadores e prefeitos, ou seja, nos casos majoritários.
Essa, na realidade, é uma prévia do que pode ser a reforma política. Os partidos pequenos, com poucas lideranças e que se utilizam das coligações proporcionais para se beneficiar com os votos de outros, perderão espaço.
Hoje um partido pequeno se utiliza da força de outra sigla para alcançar o poder, principalmente no parlamento. Para isso, ele precisa apenas agir com pragmatismo na hora de decidir as alianças. Na nova configuração será preciso que o partido esteja recheado de lideranças com uma boa expectativa de votos. Além do que, isso deve aumentar a participação da população dentro dos partidos, afinal, agora os partidos precisarão formar novas lideranças para permanecerem no poder. Eles serão obrigados a sobreviver com seus próprios votos.
O mais importante nisso tudo é que estamos crescendo enquanto democracia e tentando acertar. Para os que ainda não vislumbraram essas mudanças, acordem ou estejam fadados ao fracasso, pois o futuro costuma atropelar os que se colocam na chamada “Zona de Conforto”.
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