sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
2011: um ano de indefinições na política
O ano de 2011 foi marcado pelas indefinições nas pré-candidaturas municipais. Os maiores incentivadores dessa situação são as questões locais que se sobrepõe as alianças firmadas em nível estadual e nacional.
É NATURAL dos anos pré-eleitorais que hajam muitas especulações e poucas definições. As tensões costumam tomar conta das articulações e nem sempre prevalece o bom censo. Além, é claro, daqueles projetos que têm como objetivo o fortalecimento pessoal para se tornar uma moeda de troca.
Mas, vamos aos fatos:
O Brasil começou o ano empossando a primeira mulher presidente. Dilma Rousseff iniciou o governo sob uma plataforma consolidada política e economicamente. Conduziu muito bem o primeiro ano de governo e o finalizou como a presidente com o mais alto índice de aprovação de um presidente no primeiro ano de governo. Para o futuro o grande desafio de Dilma é saber dosar as decisões técnicas com as conveniências políticas.
Em Fortaleza o ano foi marcado pela queda de braço entre o governador Cid Gomes e a prefeita Luizianne Lins. A prefeita não abriu mão da indicação do nome defendido pela aliança para sua sucessão. A questão ainda não está definida, mas deve prevalecer a vontade da prefeita. O desafio para Luizianne é se manter lúcida ao enfrentar as constantes tensões dos partidos aliados e, principalmente, as investidas de Ciro Gomes pelo rompimento PT - PSB.
A Barbalha tem o quadro mais obscuro da região do Cariri. O prefeito José Leite ainda não tem um adversário nominado, mas enfrenta a debandada de muitos aliados. O PMDB é a maior possibilidade de perda. O partido de João Hilário e Betilde, anda fazendo as pazes com Rommel Feijó. De inimigos históricos, Rommel e Hilário, podem eleger em 2012 um inimigo comum, o atual prefeito José Leite. O desafio para José Leite é reagrupar as forças que o elegeram. A tarefa é árdua.
No Crato existe o quadro mais indefinido. A oposição começou e está finalizando o ano sem uma definição de nome. Três nomes concorrem pela liderança do grupo. Sineval Roque (PSB) tem a confiança do governador, mas não conta com a simpatia da maioria dos partidos de esquerda e de grande parte da população. Ronaldo Matos (PMDB) é a novidade, mas, tem contra si, nunca ter sido experimentado nas urnas. A seu favor a força do senador Eunicio Oliveira. O médico Marcos Cunha (PT) foi o que menos avançou. O partido promoveu um diálogo com a sociedade, mas esqueceu de articular com outros partidos e corre o risco de ficar isolado. Marcos Cunha tem a seu favor a experiência de já ter sido candidato a prefeito e conta com o apoio do deputado federal José Guimarães.
Para piorar o quadro a base do prefeito Samuel Araripe (PSDB) ameaça rachar e dividir o capital eleitoral. O vice-prefeito Raimundo Bezerra Filho já se coloca como pré-candidato com ou sem o apoio de Samuel. Ou seja, o quadro é de indefinição total.
O Juazeiro do Norte, por ser a maior cidade, proporciona também a maior expectativa da região. Disputam antecipadamente as pré-candidaturas do deputado federal e ex-prefeito Raimundo Macedo (PMDB) e a do prefeito Manoel Santana (PT). Aliados na última eleição, agora inimigos das primeiras horas. Correndo por fora está o grupo do deputado Manoel Salviano (PSD), com três pré-candidaturas num bom plano de fortalecimento das lideranças. Esse grupo busca se destacar com a terceira via. O grande problema em Juazeiro e falta de novidades, já que as outras pré-candidaturas não mostram possibilidades reais de crescimento. A única exceção em termos de potencial, mas pouco articulada, é a pré-candidatura do vice-prefeito Roberto Celestino.
Já nas cidades de Brejo Santo, Milagres e Missão Velha começamos a assistir ao surgimento de uma oposição mais forte e melhor articulada, apesar de ainda estarem numa situação eleitoral muito difícil. Dessas a situação mais disputada, eleitoralmente, é Missão Velha. Lá deveremos ver uma grande disputa, já que, a oposição cresce a passos largos e os nomes são bons.
No mais, assistimos um ano com muitas cassações e promessas de perdas de mandatos. A justiça e os advogados de defesa tiveram muito trabalho.
De saldo positivo fica o amadurecimento da democracia. A justiça fazendo o seu papel e a sociedade mais participativa nas opiniões e indignações. Ou seja, continuamos o caminho por uma política mais justa e participativa. Que 2012 sejamos felizes em nossas escolhas para que 2013 nos proporcione menos corrupção e mais justiça social.
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