O PT vem, nos últimos meses, intensificando sua aproximação com os movimentos sociais. A estratégia é uma tentativa de somar forças fora do campo institucional para levar adiante projetos estratégicos e, sobretudo, confrontar o PMDB no seu plano de crescimento.
Com a aproximação aos sindicatos e movimentos sociais, os petistas acreditam poder desequilibrar a atual correlação de forças entre os dois partidos, inclusive nas eleições municipais deste ano, território onde o PMDB historicamente apresenta bons resultados: em 2008, os peemedebistas elegeram 1.207 prefeitos contra 558 prefeitos petistas.
O PROBLEMA é que enquanto o PT rema na direção da reaproximação com os movimentos, o governo Dilma se afasta deles sem a menor cerimônia. Para se ter uma ideia, no final do último ano o governo federal retirou da ASA, entidade de congrega quase 500 entidades do semi-árido brasileiro, R$ 180 milhões, dinheiro que alimentava o programa 1 milhão de cisternas.
Agora, é verdade que os movimentos sociais nunca estiveram tão fortalecidos quanto no governo do PT. O que não impede deles avaliarem que nesse momento estão perdendo espaço. Então, para que a estratégia comece a dar certo é bom chamar o Lula para continuar aconselhando a Dilma. Ele conhece bem esse terreno, a final, ele veio de lá.
Quanto a estratégia de seguir de perto o PMDB, é melhor que o PT comece a pensar em outras estratégias. O PMDB sempre foi muito forte em nível municipal e já anunciou que pretende ampliar esse número. Ou seja, conclamar os movimentos sociais não significa ampliação, sim recuperação do que estava prestes a perder.
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