quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Luizianne e Rui Falcão querem evitar prévias em Fortaleza
A prefeita de Fortaleza Luizianne Lins (PT) tem investido tempo para frear o desejo de setores do partido que querem realizar prévias para as eleições deste ano na capital. Além dos companheiros de partido, agora, Luizianne tem, também, a preção dos partidos aliados. Depois de PMDB e PSB, que debatem candidaturas próprias, o PV quer a realização de prévias para que o vereador Acrísio Sena (PT) tenha direito a disputar a indicação do partido.
Ao Jornal O Globo, a prefeita admitiu que a prévia é um instrumento democrático, mas, ainda acredita no diálogo para manter o consenso. Luizianne disse não se sentir à vontade para impor uma decisão de cima para baixo e deseja que a decisão seja tomada pela a partir do debate. Como reforço a prefeita deve ganhar a presença do presidente nacional do partido, Rui Falcão, que virá com a missão de pacificar o partido para que possa tomar a decisão.
NA VERDADE, o que estamos vendo em Fortaleza é uma grande falta de habilidade política por parte da prefeita Luizianne. Ela foi quem gerou todo esse estado de nervos que se encontra o PT na capital, com risco, inclusive, de implosão da base aliada.
O que se percebe é a interferência de seus interesses pessoais no direcionamento da política. E a situação se mostra fora de controle, quando tem a presença do presidente nacional, Rui Falcão, que segundo a notícia vem para pacificar o partido. Ou seja, o PT está em pé de guerra.
Tudo começou quando ela começou a lançar vários nomes de forma prematura. Isso gerou uma disputa interna e essa disputa veio para a mídia. Declarações fortes, seguidas de desgastes, naturais em uma disputa, acabaram dando espaço para que os partidos da base aliada começassem uma tentativa de interferência no processo.
O resultado é que as atitudes intempestivas de Luizianne levaram a uma verdadeira bola de neve, onde ninguém consegue prever o desfecho. O certo é que, independente do resultado, o PT entra enfraquecido na disputa, tanto internamente, quanto junto aos seus aliados. Que fique a lição: processo eleitoral é como maratona, é melhor começar devagar e constante para guardar fôlego para o final.
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