O Ministério Público Federal (MPF) quer explicações do prefeito de Barbalha, Zé Leite (PT), sobre contratações temporárias para Secretaria de Educação. A denúncia encaminhada pelo Partido da República (PR) acusa o prefeito de contratação irregular, sem concurso, sendo remunerados com verbas do Fundo Nacional de Educação Básica (Fundeb). Na denuncia, aparece ainda o nome da primeira-dama e secretária de Educação Isabel Cristina Nóbrega Cruz. O prefeito Zé Leite tem dez dias para prestar esclarecimentos.
NA VERDADE, são dois crimes. Um legal e outro moral. Contratar servidores temporários e pagar com recursos do Fundeb é crime administrativo e nomear a mulher na secretaria mais importante da administração é nepotismo e falta de consideração com os aliados. Até quando a sociedade terá conviver com práticas desrespeitosas como essa? Nepotismo é imoral.
Mas, a maior das preocupações de Zé Leite, não é a situação administrativa. Sobre o processo ele pode se defender e adiar a decisão ou, até, se condenado, pagar o valor repassado ilegalmente; agora um desgaste político desses em ano de eleição é quase irreversível. Sem falar que Zé Leite deve enfrentar uma oposição organizada e quem vem dando, como já comentado, sinais de muita maturidade na condução das discussões.
Zé leite se afastou das bases e conduziu a administração de forma centralizadora, dando pouco espaço aos partidos que compunham a base aliada do seu governo. A nomeação da mulher para Secretaria de Educação é o maior exemplo disso. Agora, Zé Leite sofre para manter uma pequena base sem expressão política que, vale salientar, com o agravamento dos escândalos, pode abandoná-lo.
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