sexta-feira, 23 de março de 2012

Vereadores de Ipaumirim saem escoltados pela polícia após votação na Câmara


A Câmara de vereadores de Ipaumirim reunida ontem (22), em sessão ordinária, votaram o Projeto de Lei do executivo que trata da renovação dos contratos público. Na sessão passada a maioria dos vereadores disseram não a realização de concurso público para contratação de servidores.

Com desaprovação da matéria o prefeito não poderá renovar os contratos já existentes, nem contratar novos servidores. A decisão causou grande tumultuo, sendo necessária a presença da Polícia Militar para que os vereadores pudessem se retirar da casa.

Durante a votação a câmara ficou lotada de servidos que desejavam saber seu destino como contratados. Os servidores levaram cartazes, faixas e, ainda, gritaram palavras de ordem protestando contra a rejeição da matéria.

O projeto acabou sendo desaprovado, em uma votação acirrada e de debates acalorados, onde a votação foi decidida por cinco votos a quatro. A justificativa dos vereadores que votaram contra a matéria é a de que o município já tem um quadro de funcionários compatível com a demanda e a lei seria apenas uma manobra eleitoreira do prefeito José Geraldo dos Santos (PMDB).

Os vereadores da base do prefeito, favoráveis a aprovação do projeto, disseram que 80% dos médicos e 40% dos professores são contratados. Além desses existem ainda outros cargos importantes como dentistas, nutricionistas e motoristas que também são contratados.

Veja como votou a Câmara:

Pela desaprovação: Wilson Alves de Freitas (PSD), Maria Flaucineide Vieira Chagas (PSD), Joselba Maria Alencar Diniz (PSD), Roberto Paulo Jorge Barbosa (PSD), Francisco Laurentino Ribeiro (PSD), presidente da Câmara.

Pela aprovação: Mércia Maria Gonçalves Felinto Barros (PMDB), Maria Socorro Olimpio Lucena de Moura (PMDB), Rosineide Barbosa de Souza (PMDB), José Gonçalves da Silva (PMDB).

Qual o limite da coerência

Curioso o fato de que na cidade de Ipaumirim a Câmara está nas mãos de apenas dois partidos. Ou seja, a situação torna bem mais difícil a composição de maioria pelo prefeito que é PMDB, partido que tem minoria.

Agora não dá é para confundir as demandas do município com política eleitoral. Não acredito que um município que tem 80% dos médicos e 40% dos professores em regime de contratos, consiga funcionar sem a presença deles. É claro que o prefeito deveria ter solicitado concurso a muito mais tempo, mas isso não justifica a atitude dos vereadores de oposição.

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