As lideranças reforçaram a pré-candidatura do ex-deputado estadual Vasques Landim a prefeitura de Juazeiro, mas com ressalvas. Foi colocado preocupação com a preservação da imagem de Vasques e a condição do deputado federal Manoel Salviano (PSD) não ser candidato.
Sobre a candidatura de Vasques, Roberto Pessoa, disse que ela depende da decisão de Manoel Salviano. “O Vasques, disse ao entrar no partido, que se o Salviano não for candidato, ele é candidato. E, pelo visto, Salviano não será candidato e o Vasques contará com o apoio do partido e de suas lideranças estaduais,” ressaltou.
Ao avaliar o encontro, o prefeito Roberto Pessoa, lamentou que o partido tivesse poucos encontros e reuniões regionais. “É importante que fiquemos próximos dos Diretórios Municipais, porque é nos municípios que as coisas acontecem. A eleição municipal é a mais importante e vai sinalizar a eleição estadual e nacional,” finalizou.
O ex-governador Lúcio Alcântara destacou o potencial de Vasques Landim, mas disse que o partido ainda avalia a candidatura para não embarcar numa aventura com um nome como o de Vasques. “Se identificarmos a viabilidade, vamos seguir em frente. mas, se não, vamos buscar o caminho da coligação,” disse.
Vasques Landim destacando que seu nome está colocado, não por uma vontade ou obsessão pessoal, mas por uma determinação do partido. “O partido decidiu que onde tiver uma liderança com alguma densidade eleitoral, perfil ético e história, que esse nome poderá ser enquadrado como candidato do partido. E o partido entende que eu tenho esse perfil,” completou Vasques.
Outros encontros já aconteceram em Fortaleza e região metropolitana, Morada Nova e região Jaguaribana. No Juazeiro, o encontro trouxe, além da discussão sobre o crescimento partidário, uma palestra do publicitário Ricardo Alcântara sobre Marketing Político, e informações sobre legislação eleitoral.
Afinando o discurso
Parece que com a proximidade da campanha e a necessidade da efetivação das candidaturas, os discursos começam a ficar mais leves. Vasques é um grande nome, mas concordo com o ex-governador Lúcio, se é para partir para uma aventura é melhor preservar a liderança.
Agora a grande novidade da fala de Lucio Alcântara é que Vasques só será candidato se Salviano não for. A afirmação reforça a tese de que Salviano, Arnon e Vasques formam um só grupo e devem partir unidos. Lembra da estratégia: “Dividir agora para se fortalecer mais tarde”. Olha ela aí!
Mas, nessa tese existe uma dificuldade. Lúcio disse haver resistência a aliança com o PT de Santana e o PSB de Cid. E Salviano conversa sobre aliança com Santana. Como ficaria o PR numa possível aliança PT-PSD? O breve futuro nos dirá.
Mas, quem roubou a cena foi ex-prefeito de Aurora e pré-candidato, Carlos Macedo (PSB). Ele foi ao encontro e disse que o PR tem negligencia suas lideranças (Tasso Magno e Vasques Landim) e propôs uma união com o PSB. Segundo ele, uma aliança com Roberto Celestino, Tarso Magno e Vasques, seria muito boa. O problema na chapa é: quem convenceria Cid a subir no palanque do PR e o Lúcio a subir no palanque do Cid? É melhor deixar para lá!
Certo mesmo é que o encontro do PR trouxe boas lideranças, mas pouca militância. Poucas pessoas ouviram os discursos e as informações sobre marketing e legislação. Faltou mais articulação, afinal estavam um ex-governador e o prefeito de uma das maiores arrecadações do estado.
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