Pesquisa Ibope realizada no Crato aponta o empresário e pré-candidato Ronaldo Gomes de Matos (Ronaldo da Cerâmica), do PMDB, como favorito na corrida pré-eleitoral para prefeito. Segundo a amostragem, Ronaldo aprece com 44% das intenções, Sineval Roque (PSB) tem 17%, Marcos Cunha tem 14 e Cícero França (PV) aparece com 10%. Brancos e nulos somam 5% e não souberam responder 10%.
A pesquisa simulou, ainda, outros três cenários. Quando é retirado o nome do petista Marcos Cunha, Ronaldo aparece com 51% das intenções, enquanto Sineval Roque fica com 20 e Cícero França com 13%. Nesse cenário, brancos e nulos somam 7% e não souberam responder 10%.
Quando o nome retirado é Sineval Roque, Ronaldo fica com 50% das intenções, enquanto Marcos Cunha atinge 19% e Cícero França 14%. Assim brancos e nulos atingem 7% e não souberam responder 10%.
No último cenário a pesquisa confrontou apenas Ronaldo Matos e Cícero França. Dessa forma Ronaldo aparece com 61% e Cícero França 21%. Brancos e nulos chegam a 10% e não souberam responder 9%.
Sobre os questionamentos espontâneos, a pesquisa mostra que Ronaldo, também, lidera com 20% das citações, Cícero França aparece com 7%, Marcos Cunha e Roque empatam com 3% das menções. A pesquisa submeteu ainda os pré-candidatos ao índice de rejeição e revelou que Sineval Roque lidera rejeição com 45%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 22 de junho pelo IBOPE Inteligência. Foi encomendada pela Associação Comercial e Empresarial do Crato e ouviu 301 eleitores. A margem de erro é de 6 pontos percentuais e está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará sob protocolo n° 00003/2012.
Saindo na frente
Existem três tipos de pré-campanha. Aquela onde o pré-candidato investe no contato direto com o público; aquela onde o pré-candidato prioriza a articulação de apoios; e aquela onde são trabalhadas ambas as frentes. No caso do quadro cratense fica patente que não existe receita perfeita.
Ronaldo se dedicou mais ao contato direto com a população; Sineval Roque ondulou entre as duas; Marcos Cunha investiu mais nos formadores de opinião; e Cícero França se ocupou entre a Secretária de Saúde e os tencionamentos internos. Ronaldo disparou. Estratégia ou tendência? Precisávamos de uma pesquisa qualitativa para descobrir.
O fato é que Ronaldo Matos lidera com folga essa primeira etapa da corrida eleitoral e pode entrar na campanha como aquele time que pode até perder por 3 gols de diferença para ser campeão. Agora, como no futebol, ninguém ganha de véspera. É preciso esperar a campanha e ver como se comportam as outras candidaturas, principalmente, quando iniciar a propaganda gratuita.
Também é fato que a pesquisa pode influenciar na mudança de rumo de algumas candidaturas. E isso pode ser, tanto na estratégia, quanto na mudança de lado. Os índices de aceitação e rejeição proporcionam uma equação exata das reais chances de cada um na disputa.
Quanto aos números, nos quatro cenários, votos brancos, nulos e não opinaram somam entre 15% e 19%. O índice é baixo para o momento, mas pode decidir a eleição. O detalhe é que eles devem ser garimpados por todos os candidatos, o que, provavelmente os dividirá.
Outro quadro interessante é quando foi colocado Cícero França, candidato da situação e Ronaldo, melhor colocado da oposição. Nele fica clara a divisão do bolo. O pedaço da oposição tem três vezes o tamanho da situação. Não é a toa que Samuel Araripe tem uma reprovação de 48% de ruim e péssimo. E outros 32% o consideram apenas regular.
O governo de Cid Gomes tem 42% de bom e ótimo e 36% de regular. Por outro lado Dilma tem aprovação de 75% entre boa e ótima. E 18% a consideram regular. Esses índices podem influenciar se ligados aos nomes que os representa no município.
Mas, certo mesmo, é que, mesmo dividida, a oposição mostra força e dispara na frente. Quando é retirado qualquer um dos nomes, Cícero França não ultrapassa 14%, ou seja, ganha quase nada. Os votos permanecem na oposição. O fato é que o candidato de Samuel Araripe terá que começar a pensar num bom coelho para tirar da cartola; isso se quiser reverter o quadro. Senão a briga pode polarizar entre dois candidatos da oposição.
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