Candidato a vereador do Crato entra na justiça para concorrer

O candidato a vereador Ronald Nascimento, o Balão (PP), entrou na última quarta-feira (08), com ação judicial pedindo a reversão da decisão da Justiça Eleitoral que indeferiu sua candidatura por perda de prazos na prestação de contas da campanha de 2008.

Para a Justiça Eleitoral "a ausência de apresentação de contas ou a apresentação fora do prazo acarreta o descumprimento do requisito de quitação eleitoral, o que também impede o deferimento do registro de candidatura".

Na defesa, o advogado Vicentinho Bonfim, de Fortaleza, responsável por uma das ações defende que o TSE tem jurisprudência firme no sentido que a legislação em vigor não exige a aprovação das contas eleitorais para que os candidatos às eleições municipais deste ano obtenham o registro de candidatura.

Por telefone, Balão, disse acreditar em perseguição política, já que, na última eleição teria ficado bem colocado e poderia ser uma ameaça nessa eleição. O candidato disse ainda que, desde o fim da campanha passada, os responsáveis pela prestação de contas do partido sempre disseram estar tudo bem. Mas, seu nome acabou sendo indeferido pela perda do prazo para a prestação de contas.

Balão disse esperar que a situação seja revertida para continuar sua campanha. A justiça não determinou prazo para julgar a ação.

Atenção máxima

Continua sendo um problema a maneira como alguns candidatos tratam da sua vida política. Quando uma pessoa se mete na vida pública é preciso atenção e dedicação, principalmente, com questões relacionadas à prestação de contas. Nesse caso do candidato do Crato, o Balão, é possível que seja revertido a seu favor, já que, o próprio STF já decretou a necessidade da anualidade para que a lei entre em vigor. Ou seja, os chamados, contas sujas terão uma nova chance.

Mas, nesse ano estou vendo muitos candidatos a vereador sem qualquer experiência, nem com campanha, no caso da avaliação do potencial de voto, nem com a organização financeira. Tenho visto muitos casos e uso descontrolado dos cheques de campanha e uma prestação de contas mal feita pode frustrar pretensões futuras.

Campanha é coisa séria. Envolve o futuro das pessoas e, também, envolve dinheiro. Não dá para tratar isso como se não fosse algo secundário. Para se ter uma ideia, caso seja eleito, e a prestação de contas não for aprovada pela justiça, o candidato eleito não assume o mandato. Então se o candidato não tem conhecimento sobre esses assuntos, e ninguém tem obrigação de saber tudo, que contrate alguém para fazê-lo. Não dá é para entrar numa campanha sem o mínimo de organização e correr o risco de todo o esforço ser jogado fora.

Então que fique, desse problema, o exemplo para que os outros candidatos que ainda não levando isso a sério, que tome providencia, pois ainda é tempo.