segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Elmano e Roberto Cláudio vão para o segundo turno em Fortaleza
Os candidatos Elmano de Freitas (PT) e Roberto Cláudio (PSB) vão se enfrentar no segundo turno em Fortaleza. Elmano obteve 25,44% dos votos e Roberto Cláudio contou com 23,33%. Heitor Férrer (PDT) ficou em terceiro lugar com 20,97% e Moroni Torgan (DEM) ficou em quarto lugar com 13,74%. Renato Roseno (PSOL) ficou com 11,84%.
Os candidatos Marcos Cals (PSDB), com 2,43%, Inácio Arruda (PCdoB) com 1,82%, Francisco Gonzaga (PSTU) com 0,26% e André Ramos (PPL) com 0,14%, além de Valdeci Cunha (PRTB), que não teve seu resultado divulgado, por estar sub judici, ficaram bem mais longe da disputa.
No total foram 1.612.155 de votos apurados com 2,92% votos em branco e votos nulos 4,69%. A próxima votação é no dia 28 de outubro.
Linha de chegada
Na verdade, existem dois patamares de análise. O primeiro é pragmático e, aí, prevaleceu a força dos governos municipal e estadual. Luizianne Lins e Cid Gomes fizeram o dever de casa e colocaram seus indicados no segundo turno. E, vale salientar, a disputa sempre esteve entre eles.
A segunda análise é política. E nesse quesito, o candidato mais fortalecido na disputa foi Heitor Férrer. Ele não teve nenhum apoio de significância e, mesmo assim, ficou em terceiro. E hoje, é o grande nome da política na capital. Ainda no quesito político, quem mais se enfraqueceu foram Inácio Arruda e Marcos Cals. Eles tiveram um desempenho, não só abaixo do esperado, mas de certa forma humilhante, para a liderança que sempre exerceram.
Quanto a Moroni Torgan, o resultado é frustrante para ele, que liderou a maior parte do tempo, mas previsível. Moroni não tem uma liderança estabilizada na capital e sua base, o eleitor mais conservador, há muito tempo vem mostrando que não tem segurança nos seus conceitos, além de estar se renovando. E esses conservadores mais jovens migram com mais facilidade.
Agora a coisa deve entrar numa nova fase; a fase das articulações de bastidores. Apesar de que, já se tem notícia de que muitos acordos já estão fechados. Nomes como Moroni Torgan, Marcos Cals e Inácio Arruda, tendem a ir para a base do governo Cid e apoiar Roberto Cláudio. Outros nomes como Heitor Férrer e Renato Roseno, ainda devem entrar na discussão. A ida do Heitor para qualquer um dos lados pode deixar a disputa bem perto de uma definição, até porque seu eleitor mostrou uma estabilidade impressionante, sendo o que menos variou.
O que se pode esperar de Fortaleza? Um segundo turno bem apertado, mas, hoje, com uma ligeira vantagem para Roberto Cláudio, principalmente, pelo maior poder de articulação dos irmãos Cid e Ciro Gomes. Se a eleição será decidida na força das máquinas, a do governo do Estado é maior. Mas, é importante ressaltar que nada está decido.
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