segunda-feira, 11 de março de 2013

Juazeiro-CE: Ano letivo começa hoje sem fechamento de escolas


O ano letivo da Rede Municipal de Ensino de Juazeiro do Norte começa hoje, segunda-feira (11), nas escolas, tanto da Zona Urbana, quanto da Zona Rural. A Secretaria de Educação chegou a anunciar o desejo de fechar 8 (oito) escolas na Zona Rural por falta de alunos e/ou deficiência na estrutura física.

Com relação ao atraso no início das aulas, a assessoria imprensa divulgou que ele ocorreu em consequência das greves ocorridas no ano passado que, acabou exigindo o prolongamento do ano letivo de 2012.

As 96 escolas, 67 de Ensino Fundamental e 29 Educação Infantil (creches), devem receber cerca de 32 mil alunos, já matriculados. O EJA (Educação de Jovens e Adultos) reúne 2.173 alunos, também, matriculados.

Segundo a Secretária de Educação, Célia Viana, o município se preparou com a realização da semana pedagógica, onde a Secretaria recebeu os 1.700 professores do quadro efetivo para traçar diretrizes e se qualificarem. O ano letivo de 2013 deve ser encerrado no dia 24 janeiro de 2014.

Decisão adiada

Na verdade, ao que parece, a decisão de fechar as escolas da Zona Rural, foi adiada. O que fica claro é que a pressão da opinião pública acabou fazendo com que a secretária Célia Viana e o prefeito Raimundo Macedo recuassem na decisão.

É importante dizer que não queremos julgar o mérito da questão, mas a decisão foi acertada no que diz respeito a ouvir e analisar, com mais atenção, os fatos que podem motivar essa decisão.

É verdade que o município não pode manter o custo de uma escola que funciona com 30 alunos ou uma sala de aula com três alunos. Para o FUNDEB, por exemplo, essa escola tem o mesmo peso financeiro que outra funcionando com mais de 300 alunos. E muito menos, devemos admitir salas de aula ainda no Sistema de Multinível, onde convivem alunos do 1º ao 5º no mesmo ambiente de aprendizagem.

No caso de Juazeiro, segundo as informações da Secretaria, a decisão de fechar essas escolas deve ser natural e acertada; mas, não podemos esquecer que estamos falando de uma decisão técnica, acima de tudo, mas, com cunho político. Ou seja, antes de tomá-la é preciso convencer sobre sua viabilidade. Daí a necessidade de conversar e de ouvir as partes interessadas, até porque, falamos, também, de uma decisão de cunho social.

Que a decisão vai ser tomada, não temos dúvida; que o desgaste político acontecerá, é inevitável; que os resultados visão, somente o tempo nos dirá. Nos resta, torcer pela melhoria da tão sofrida educação!

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