Santana do Cariri-CE: escola fechada por falta de pagamento de funcionários

A prefeitura de Santana do Cariri fechou a escola Alveni Oliveira Cidade, sítio Mocó, por falta de pagamento dos professores, motorista e auxiliares de serviços gerais. Cerca de 30 alunos ficaram sem escolas, tendo que se deslocar para o distrito de Aratama, no vizinho município de Assaré.

Segundo denúncia dos vereadores Arclebio Dias (PSD), Luiz Paulo (PSDB) e do presidente da Câmara, vereador Fabrício Sales, o Neguim Barreira (PSD), a prefeitura firmou cerca de 200 contratos, ainda no primeiro mês de gestão, mas não pagou e agora está dispensando os contratados, também, sem pagamento.

A dona Ana, mãe de aluno, moradora do sítio Mocó e prejudicada com a situação, confirma a denúncia observando que já matriculou os filhos em Aratama porque desde segunda-feira (15), as aulas foram paralisadas pela falta de pagamento aos funcionários.

Uma professora substituta, que não quis se identificar, também confirmou as denúncias destacando que o último pagamento foi feito em dezembro de 2012.

A reportagem do site Miséria esteve na escola na quarta-feira (17) e constatou o funcionamento de um posto de saúde improvisado no lugar da escola. A mãe, que também é estudante do turno noturno em Aratama, disse ainda, que há muito tempo o município de Assaré é quem disponibiliza a estrutura de transporte para os alunos, já que, o município de Santana não assume.

Com o fechamento da escola os cerca de 30 alunos passaram a percorrer uma distância de 7 km para estudar. O transporte escolar, ainda, é pertencente ao município de Assaré, já que, o motorista que cobria o sítio Mocó, em Santana está sem receber e já paralisou as atividades.

Nossa reportagem procurou a prefeita, mas ela não foi encontrada nem na prefeitura, nem na cidade. Em carta aberta, dirigida a população de Santana do Cariri, e enviada também ao site Miséria sem assinatura, a prefeita diz:

“Querido povo de Santana do Cariri, é com pesar que me dirijo à todos vocês para esclarecer  e dar ciência da situação em que recebemos as finanças do município e dos últimos fatos ocorridos já na nossa gestão. Ao assumirmos o governo, nos deparamos com um total estado de abandono do patrimônio público, cuja depredação revela a irresponsabilidade e a falta de compromisso da gestão que nos antecedeu. Encontramos carros sucateados, peças roubadas, ônibus novos sem pneus estepes e macacos, salas de aulas sem carteiras e mesas e até, pasmem, as caixas d’água das escolas sumiram, impedindo seu pleno funcionamento”.