O ex-prefeito do Crato, Samuel Araripe, decidido a se candidatar a deputado estadual, montou uma verdadeira operação para “convencer” os vereadores cratenses a aprovarem suas contas que, em breve, devem vir do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Na linha de frente estão os vereadores Nando Bezerra e Bebeto. Os dois têm articulado encontros entre os vereadores e o ex-prefeito, em Fortaleza, onde Samuel tem residência fixa. Querendo finalizar a operação, Samuel esteve no Crato nessa quinta-feira, dia 29, na casa do vereador Pedro Alagoano com um bom número de parlamentares. Samuel veio decidido a fechar questão.
As implicações da operação
A operação para ajudar Samuel a aprovar as contas do seu governo, tem proporcionado situações, no mínimo, embaraçosas. Nando Bezerra, por exemplo, é um dos vereadores mais beneficiados na atual gestão, que venceu a eleição com discurso de aposição ao governo Samuel Araripe. Já Bebeto parece ter encontrado seu lugar. Outro que parece estar decido pela aprovação das contas é Celso dos Frangos. O problema é que ele é ligado a Ailton Brasil, também, provável candidato a estadual e que tem interesse direto na desaprovação das contas de Samuel. Já nomes como Fernando Brasil e Dácio Luiz, antes, aliados de Samuel, hoje, parecem decididos pela desaprovação. Os outros ainda permanecem em silêncio!
Em busca da ficha limpa
Todo o trabalho de “convencimento” do ex-prefeito Samuel Araripe, para aprovar suas contas, é não correr o risco de se tornar “ficha suja”. Ainda não se sabe o resultado do parecer do TCM; mas, caso as contas venham desaprovadas, ele precisará de dois terços dos vereadores para reverter e aprovar. Caso vierem aprovadas, Samuel precisará apenas de 10 dos 19 votos. Samuel trabalha com a possibilidade negativa e faz contato, pelo menos, com 14 vereadores. Perguntado sobre o assédio aos vereadores, o atual prefeito Ronaldo Matos, teria respondido que não tem ingerência sobre a situação. Ronaldo teria observado, ainda, que a Câmara tem independência para fazer o julgamento e não é certo o executivo interferir na discussão.
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