Durante a audiência foram ouvidos o denunciante, Antônio Alves da Silva, acompanhado pelo advogado Bernardo Neto; e mais os advogados Paolo Giorgio Quezado Gurgel, representando o vereador Antônio de Lunga, e David Cardoso, representando a empresa Priscila Cardoso – ME.
O empresário Cícero Jackson, da empresa S da S de Souza, conhecido como Pilha, acionou o direito constitucional de não falar. Segundo o empresário, ele já foi ouvido pela Polícia Civil, onde se defende da mesma acusação e um depoimento para a Comissão poderia prejudicá-lo. O empresário estava acompanhado do advogado Ítalo Tavares.
Para o presidente da Comissão, vereador Sargento Firmino (PRP), a audiência foi proveitosa, mas poderia ter sido melhor. Segundo ele, o fato do empresário Cícero Jackson não ter falado, atrasa um pouco as investigações, mas nada que comprometa o andamento dos trabalhos.
A Comissão investiga quebra de decorro parlamentar do presidente afastado, na compra de materiais de expediente, limpeza e alimentos, em excesso; no que, ficou conhecido como caso das vassouras. O relatório da Comissão será apreciado pelo plenário da Câmara e se comprovado o decorro, Antônio de Lunga pode ser cassado.
A Comissão composta ainda, pelos vereadores, relator Tarso Magno (PR), e secretária Rita Monteiro (PTdoB), marcou a próxima audiência para a segunda-feira (07), na sala de reuniões da Câmara, a partir das 14 horas.
Troca de advogados
Antes da realização da audiência, um dos assuntos mais comentados foi a substituição do advogado que representaria o presidente afastado, Antônio de Lunga.
O advogado Luciano Daniel, confirmou a saída, ressaltando que continua na defesa do, também, envolvido no caso das vassouras, vereador Ronnas Motos (PMDB). Segundo Luciano Daniel, o motivo foi teses conflitantes entre os dois acusados, o que o fez optar pela defesa de Ronnas.
Luciano confirmou, ainda, que já recorreu da decisão de afastamento do vereador Ronnas Motos, e espera decisão do Tribunal de Justiça (TJ). O detalhe é que o caso ainda está em primeira instância esperando processamento para ser enviado ao TJ.
Há informações de que o advogado Paolo Gurgel, teria entrado com pedido de reconsideração da decisão da juíza Ana Raquel Colares, que afastou o vereador Antônio de Lunga das funções parlamentares e o proibiu de circular nas dependências da Câmara e anexos. A juíza, não reconsiderou a decisão.
Sobre ter assumido a defesa de Antônio de Lunga, Paolo Gurgel, não confirmou a troca e ressaltou que, no caso de cassação pela Câmara, já defendia o vereador. Sobre o inquérito investigado pela Polícia Civil, o advogado observou que ainda não existe denúncia e, por isso, não se manifestou.
(Foto: Michel Dantas / Site Miséria)
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