Os quatro rapazes invadiram a Câmara com sacolas de lixo e, ao rasga-las, no meio do plenário disseram que o lixo representava a atuação dos vereadores de Juazeiro. O presidente interino da Casa, vereador Darlan Lobo (PMDB), encerrou a sessão, contrariando muitos dos colegas que queriam a continuação do debate que acontecia.
Os vereadores debatiam a votação do Código Tributário do Município que tramita na Câmara. O vereador Normando Sóracles (PSL) pedia mais tempo para analisar, tanto o teor do Código, quanto as suas emendas.
O líder do prefeito, vereador Sargento Nivaldo (DEM), debatia a possibilidade de uma sessão extraordinária para discutir e votar o Código com mais rapidez. Segundo ele, a matéria é muito importante para esperar até a volta do recesso parlamentar que deve acontecer em duas sessões.
O presidente Darlan Lobo, ressaltou que a votação da extraordinária dependia dele é que, no momento, iria pleitear mais tempo para discussão. Darlan reclamou da impossibilidade de funcionamento da Câmara, motivada pela falta de material de expediente. “Está faltando até papel higiênico nos banheiros, açúcar na cozinha, e muito mais,” disse Darlan.
Durante a manifestação, o vereador Capitão Vieira Neto (PTN), chegou a pedir que o presidente interino solicitasse a prisão dos manifestantes, o que, não aconteceu. Darlan disse não faria por considerar uma manifestação popular e não um ato de vandalismo.
Após o encerramento da sessão, Capitão Vieira, se dirigiu a Delegacia Regional da Polícia Civil de Juazeiro do Norte, para registrar Boletim de Ocorrência (B.O.). Em seguida, os quatro manifestantes foram detidos para interrogatório. Contra os manifestantes foi instaurado um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO).
Voto aberto
Durante a sessão foi protocolado, com 15 assinaturas, o Projeto de Lei (PL) instituindo o voto aberto para qualquer votação na Câmara de Juazeiro que exija qualquer maioria dos vereadores.
O vereador Cláudio Luz (PT), autor da PL, disse que essa é a oportunidade da Casa corrigir um erro histórico. Para ele, a lei vai evitar que vereadores se escondam atrás do voto secreto e mostre a cara nas votações polêmicas.
O presidente Darlan Lobo, não confirmou a realização da sessão de terça-feira (17). Ele defendeu a antecipação do recesso em duas sessões, para que, a justiça devolva o material apreendido e viabilize o funcionamento da Casa Legislativa.
(Foto: Cícero Valério / Agência Miséria)
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