Precisando de uma cirurgia eletiva no braço direito, fraturado em
conseqüência de um acidente de transito, o jovem Francisco José Tavares Barbosa
Júnior, foi a Câmara de Juazeiro do Norte na última quinta-feira, 10 de julho,
para pedir socorro. Francisco sofreu um acidente de moto no dia 16 de junho e
desde então percorre os órgãos de saúde de Juazeiro em busca da cirurgia, mas
até agora nada foi feito.
O vereador Tarso Magno (PR), sensibilizado com a situação do trabalhador
autônomo, levou o caso à Câmara. Tarso fez requerimento verbal solicitou que o
município socorra Francisco José. “Senhor presidente, senhor líder do prefeito,
Francisco é um trabalhador e está sem condições de prover o sustendo de sua
família,”disse Tarso, solicitando o envio ofício ao secretário de Saúde e ao
prefeito para que se resolva o problema.
Tarso ressaltou que já havia solicitado administrativamente o mesmo
pedido, mas, segundo ele, nada foi feito ou respondido. O vereador avaliou a
situação como inadmissível, já que, segundo ele o município tem dotação orçamentária
para custear. “Já tentei conversar com os setores responsáveis, sem a
necessidade de comunicação oficial, mas não tive êxito. O rapaz já tentou o
agendamento por várias vezes da Secretária de Saúde, mas a resposta é sempre que
ele espere,” disse Tarso.
O vereador esclareceu, ainda, que uma das dificuldades para o atendimento
é que administração de Juazeiro está inadimplente com o Hospital São Raimundo,
em Crato. As cirurgias são feitas nos municípios visinhos, já que, o município de
Juazeiro não dispõe da cirurgia. “O rapaz procurou o hospital cratense, mas não
pode agendar porque Juazeiro está devendo. A situação é difícil. É um pai de
família que precisa voltar a trabalhar,” disse Tarso.
Segundo Francisco José, chegou a ser atendido no Hospital Regional do
Cariri, onde fez os exames, mas foi encaminhado ao município por se tratar de
baixa complexidade. “No dia seguinte ao acidente procurei a Secretária de Saúde
e eles disseram apenas que esperasse. Vinte dias depois me procuraram para
dizer que a solicitação estava errada. Fiz outra solicitação, mas, até agora
nada foi feito,” disse o paciente.
Francisco José confirmou ter procurado o Hospital São Raimundo, onde foi
esclarecido que o município não pagou os serviços anteriores e por isso as
cirurgias estavam suspensas. “Procurei o secretário e ele me confirmou que as
cirurgias não estavam sendo feitas. Ele me acusou de tentar furar a fila, mas não
quero furar a fila; eu que é que a fila ande. Somos centenas na mesma agonia,”
disse Francisco José.
Procurado para falar sobre o assunto, o secretário Plácido Basílio, negou
que as cirurgias estejam suspensas por falta de pagamento. “Não temos debito. O
que temos é um teto financeiro que não pode ser ultrapassado. Os pacientes
estão sendo encaminhados, mas existe uma fila que deve ser obedecida,” disse o
secretário. Sobre o caso específico, Plácido Basílio, disse não ter conhecimento.
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