Apesar da grande expectativa, gerada pela oposição, a Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) das obras inacabadas de Juazeiro do Norte,
ainda, não foi instalada. A comissão precisa de sete assinaturas, ou 1/3 dos 21
vereadores, o que, acabou não acontecendo. O autor do pedido, vereador Normando
Sóracles (PSL), conseguiu a adesão de apenas cinco parlamentares favoráveis a
investigação.
Durante a sessão dessa quinta-feira (18), o vereador Cláudio Luz (PT)
usou a tribuna da Casa para tentar convencer, pelo menos, outros dois
parlamentares acerca da importância da abertura da CPI. Cláudio destacou várias
obras paralisadas, como creches, escolas, UPAs e outras. Entre os casos mais
graves, o vereador citou a reforma do Hospital Tasso Jereissati (Estefânia) e
os cerca de 30 PSFs paralisados ou funcionando, segundo ele, em condições
precárias.
O vereador Cláudio Luz comentou sobre a ida do proprietário da empresa “A
Prado Empreendimentos Agropecuários e Serviços Ltda.”, responsável pelas
reformas dos PSFs que assumiu ter recebido mais de R$ 1 milhão. Além da A Prado
Empreendimentos, a CPI quer investigar, a Construtora Dimensional e a FP
Construções, também, responsáveis por reformas em Juazeiro do Norte.
Para o vereador Cláudio Luz, as empresa fazem parte de um esquema para
desviar dinheiro público e, juntas, teriam contratos que somados ultrapassam os
R$ 8 milhões.
Polêmica
Durante a sessão, o vereador Normando Sóracles, chegou a pedir que a
imprensa se reportasse aos nomes dos que assinaram e dos que não assinaram
para, assim, evitar que a população colocasse todos os parlamentares no mesmo
patamar, evitando manchar o nome da Câmara como um todo.
A afirmação revoltou a vereador Rita Monteiro (PTdoB) que disse já ter
participado de outras CPIs é que não deu em nada. “Cheguei a viajar de carro de
Juazeiro para Fortaleza para realizar trabalhos de CPI e no final vimos tudo
ser arquivado e o trabalho não dar em nada,” disse Rita.
A vereadora ressaltou que o proprietário da A Prado prometeu entregar
todas as reformas em 70 dias. Segundo Rita, caso, a empresa não entregue no
prazo estipulado, ela será a primeira a pedir a instalação de CPI.
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