A juíza do Cartório Eleitoral da Comarca de Barbalha, 31ª Zona
Eleitoral, Alexsandra Lacerda Batista Brito, concedeu liminar, no último dia 26
de agosto, com antecipação de tutela, contra a prefeitura de Barbalha por
denúncia de propaganda eleitoral irregular. A ação foi proposta pela “Coligação
Ceará de Todos”, coordenação na cidade de Barbalha.
Na denúncia, a coligação do candidato ao governo do Estado do Ceará,
Eunício Oliveira (PMDB), pede a imediata suspensão de reuniões para um suposto
programa de habitação popular, promovido pela prefeitura, através da Secretaria
de Ação Social.
Várias comunidades da zona rural e urbana estavam sendo convocadas por
meio de propaganda (cartaz) para as reuniões que aconteceriam por meio de um
calendário de execução. Apesar da ação se referir ao programa como ação
relativa a políticas do governo federal, a propaganda impressa não menciona
qualquer ligação com o programa “Minha Casa, Minha Vida” do governo federal.
Diferentemente do som volante que faz o chamamento dos populares para o
programa do Governo Federal.
Na ação a coordenação local, denuncia desvio de finalidade, além de abuso
de poder econômico e de autoridade. Segundo a coligação “Ceará de Todos”, tem
demandado esforços para coibir a manipulação ilícita do programa “minha Casa,
Minha Vida”, por agentes públicos em benefícios de cidadão submetidos ao seu
poder de autoridade.
Na denúncia foram anexados cartazes, gravações e um plano de execução contendo
as comunidades de interesse, cerca de 70, com os devidos locais, coordenadores
e facilitadores. Segundo o vereador Rildo Teles (PSL), existe a desconfiança,
além de fortes denúncias de que nas reuniões os agentes públicos condicionam a
inscrição no programa ao voto nos candidatos apoiados pelo prefeito José Leite
Gonçalves (PT).
Na decisão a juíza Alexsandra Lacerda, avalia que a farta documentação
apresentada pela coligação “Ceará de Todos” tem a semelhança com o alegado na
denúncia. A juíza observa que a denúncia mostra que tais reuniões já haviam
sido realizadas no mês de abril deste ano, e que, não se justifica a reiteração
dos eventos.
Nossa reportagem procurou o prefeito José Leite Gonçalves, mas ele não
foi encontrado no seu gabinete na sede da prefeitura. A procuradora geral do
município, Ana Keive Cabral, na sede da procuradoria, mas sem sucesso. Tentamos
contatos telefônicos e não fomos atendidos. Foi, ainda, enviada mensagem com o
conteúdo da ação e a decisão, mas obtivemos resposta.
A secretária de Ação Social, Tereza Amora, coordenadora das reuniões foi
contatada por telefone, mas quando identificamos o assunto a mesma desligou o
telefone e não atendeu mais as ligações. Também enviamos mensagem com o teor do
assunto, mas não obtivemos resposta.
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