Mesmo tendo a disposição uma grande
estrutura de laboratórios públicos com equipamentos de última geração, a
Secretaria de Saúde do Município de Juazeiro do Norte tem feito a opção por
enviar seus pacientes a clínicas e laboratórios particulares. Segundo
informações, são cerca de 50 contratos e convênios com empresas particulares.
Equipamentos como a Policlínica João
Pereira dos Santos, em Barbalha, e o Hospital Regional do Cariri (HRC), em
Juazeiro do Norte, não conseguem preencher a demanda do Município por falta de
marcação. E os poucos atendimentos, enviados pela Secretaria de Saúde de
Juazeiro, estão inadimplentes.
Na semana passada, o secretário Plácido
Basílio, reclamou que os equipamentos públicos não atendem a necessidades de
especialidades prometidas ao Município e, por isso, não usa a totalidade da
demanda oferecida. A direção da Policlínica ressalta que o equipamento, está
funcionando com mais de 80% das especialidades previstas e que a falta de
pagamento de Juazeiro acaba inviabilizando a implantação dos cerca de 20%
restante.
O resultado da opção pelos serviços particulares
é que, em apenas seis destes contratos analisados, com pagamentos efetuados em
2014, o município já desembolsou mais R$ 3 milhões. Sobre os serviços
contratados, tanto Hospital Regional, quanto Policlínica oferecem as mesmas especialidades
por menos da metade dos valores pagos as clinicas e laboratórios particulares.
A expectativa é que Juazeiro chegue entre quatro
e dez vezes mais pelos mesmos serviços oferecidos na rede pública do Estado. Segundo
a assessoria de comunicação do HRC, o Município utiliza menos da metade dos
serviços disponibilizados. No caso de mamografias, por exemplo, Juazeiro tem
direito a 24 exames mensais. São marcados, em média, apenas sete exames.
O mesmo se aplica a Policlínica. Além de
não usar toda a demanda destinada, o Município não efetuou nenhum pagamento ao
consórcio. Em casos de exames como tomografias, o custo chega a R$ 350,00 por
exame, em clínicas particulares; enquanto na Policlínica são oferecidos 400 a
um custo final de cerca de R$ 35,00.
O secretário Plácido Basílio, foi
procurado novamente para falar sobre os contratos particulares, mas, não foi
encontrado. Foram vários contatos telefônicos e mensagens que não foram
retornadas ou respondidas.
Sobre a situação da falta de pagamento de Juazeiro a
Policlínica, houve em Fortaleza, no último dia 5, uma reunião entre a diretora
da Policlínica, Luciana Matos, o presidente do consórcio e prefeito de Barbalha,
Zé Leite, e o secretário executivo da Secretaria de Saúde do Estado, Acilon Gonçalves.
Durante a reunião, o secretário Acilon Gonçalves,
disse que deve convidar o prefeito de Juazeiro para propor um acordo, afim, de
não deixar a população desassistida e manter a boa relação com o Estado. Além
do HRC e da Policlínica, a prefeitura de Juazeiro mantém cerca de 20 convênios
com o Governo do Estado e o estremecimento na relação pode comprometer a
continuação de todos eles.
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