A hanseníase, conhecida oficialmente por
este nome desde 1976, é uma das doenças mais antigas na história da medicina. É
causada pelo bacilo de Hansen: um bacilo que ataca a pele e nervos periféricos,
mas pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. Não é,
portanto, hereditária.
Tem o mais longo período de incubação
que varia entre 03 meses e 05 anos, sua primeira manifestação consiste no
aparecimento de manchas dormentes em qualquer região do corpo. Placas, caroços,
inchaço, fraqueza muscular e dor nas articulações podem ser outros sintomas.
Esta doença é capaz de contaminar outras
pessoas pelas vias respiratórias, caso o portador não esteja sendo tratado.
Entretanto, segundo a Organização Mundial de Saúde, a maioria das pessoas é
resistente ao bacilo e não a desenvolve. Aproximadamente 95% dos bacilos são
eliminados na primeira dose do tratamento, já sendo incapaz de transmiti-los a
outras pessoas. O tratamento é de 06 meses a 01 ano e o paciente pode ser
completamente curado, desde que siga corretamente os cuidados necessários.
No Brasil, são mais de 30 mil novos casos
todos os anos, segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde, nosso país é líder
mundial em prevalência da hanseníase.
No ultimo domingo do mês de janeiro é
comemorado o dia Intencional das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, nesse ano
de 2015 será dia 25.
ALERTA:
Ao perceber manchas na pele,
esbranquiçadas ou avermelhadas com diminuição ou perda de sensibilidade,
procure um posto de saúde mais próximo de sua casa, o tratamento é gratuito e
os remédios são de graça, a Hanseníase tem cura!
ULTIMO DOMINGO DE JANEIRO DIA
INTERNACIONAL DAS PESSOAS ATINGIDAS PELA HANSENÍASE.. ENTENDAM POR QUE!
Raoul Follereau, o amigo das pessoas
atingidas pela hanseníase
Raoul Follereau nasceu a 17 de Agosto de
1903, em Nevers, França, numa família de industriais. Jovem jornalista e poeta,
anti-nazi e defensor de uma França livre, viu-se perseguido, como tantos outros,
pela polícia militar nazi.
Em 1936, tinha então 33 anos, Follereau
toma contato com os doentes durante um safari em África. A partir desse
momento, a sua vida mudou. No entanto, não foi fácil começar a manifestar essa
amizade pelos pacientes e a curá-los, pois logo surgiu a II Guerra Mundial e
teve de se esconder num convento de religiosas em Lyon, onde fazia de
jardineiro, embora não soubesse nada de jardinagem.
Um dia, a Madre Maria Eugénia, superiora
do convento, visitou uma ilha que retinha doentes na Costa do Marfim e,
impressionada com o que acabava de ver, pensou em construir uma pequena cidade,
onde as pessoas afetadas pela doença pudessem viver e ser curados. Mas era
preciso dinheiro. Então Raoul disse à religiosa: «Avance com o projeto, que no
dinheiro penso eu».
Decidiu percorrer o mundo inteiro a
fazer conferências para sensibilizar as pessoas para o problema da hanseníase.
O sonho das religiosas tornou-se realidade. Em 1953 era inaugurada em Adzopé
uma cidade onde os doentes podiam ser tratados e curados. Quando Raoul se
aproximava dos pacientes, estes ficavam inicialmente um pouco desconfiados. Mas
depois compreendiam que era apenas o amor dele que o levava junto deles. Então
gritavam de alegria: “Pai Raoul”.
Durante as suas viagens, contou sempre
com o apoio da sua mulher Madalena, para construir aquilo a que ele chamava “ A
civilização do Amor”. Raoul Follereau morreu, em Paris, a 16 de Dezembro de
1977. Dizia muitas vezes: Ser feliz é fazer os outros felizes. O tesouro que eu
vos deixo é o bem que não fiz, que teria querido fazer e que vós fareis depois
de mim.
No último domingo de Janeiro de cada ano
celebra-se o Dia Mundial das pessoas atingidas pela hanseníase, instituído pela
ONU em 1954, a pedido de Raoul Follereau. É que a hanseníase, sendo hoje em dia
uma doença curável, nem por isso deixou de ser alvo de preocupação já que há
largos milhares de doentes que, por falta de recursos materiais e humanos,
ainda não têm acesso a um tratamento adequado. A pobreza e miséria em que
muitos vivem justificam os mais de 30.000 casos todos os anos no Brasil.
TEXTO MODIFICADO POR FAUSTINO PINTO
TEXTO ORIGINAL
(http://caminhos-de-solidariedade.blogspot.com.br/…/raoul-fo…)
A REDH é uma tecnologia social
desenvolvida com o objetivo de fomentar o debate da hanseníase no mundo virtual
e real buscando encontrar dentro do protagonismo de cada individuo propostas a
serem desenvolvidas em comunidades com o publico jovem adolescente e através de
informações compartilhadas melhor informar sobre a doença e minimizar os danos
causados na vida das pessoas devido a informações errôneas compartilhadas nas
rodas de conversas e na rede mundial.
Foi criada em outubro de 2014 com o
objetivo de ser um espaço/ferramenta e canal de consolidação e participação do
cidadão quanto aos seus problemas pessoais e aos encontrados nos serviços
públicos e privados de saúde. Essa inciativa nasceu depois de 15 anos de
atividades no MORHAN – (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela
Hanseníase) pela garantia dos direitos das pessoas atingidas pela Hanseníase em
Juazeiro do Norte e cidades vizinhas.
(Texto enviado por Faustino Pinto).
Nenhum comentário:
Postar um comentário