A advogada Flávia Soares, em pronunciamento na sessão da Câmara de
Juazeiro do Norte, nessa terça-feira (14), fez severas criticas a atual
estrutura do Corpo de Bombeiros da cidade. Flávia é proprietária de prédios na
cidade, inclusive, o que fica visinho a empresa “Juazeiro Tintas” que incendiou
no último fim de semana.
Durante o uso da tribuna, a advogada e empresária, disse que um
equipamento importante para o combate ao fogo de alta proporção está quebrado. “A
falta de estrutura é tanta que, caso um avião sofra um acidente, a Brigada de
Incêndio do Aeroporto não tem como apagar o fogo. O equipamento está quebrado”,
disse a advogada.
A advogada relacionou, ainda, outros problemas que têm se agravado com o
decorrer do tempo. Segundo Flávia, a Cagece não fornece água para o Bombeiro,
além de ter um número de hidrantes, insuficientes para a demanda. “Um dos
poucos hidrantes existentes na cidade, a chave não funciona”, observou Flávia.
Flávia Soares falou em nome dos comerciantes de Juazeiro e pediu que o
Governo do Estado resolva o problema. A advogada observou que a corporação não
é contemplada com concursos há 15 anos.
Debate:
O vereador Gledson Bezerra (PTB)
disse que não adianta falar ou reclamar. Segundo ele, apenas o debate não
resolve. Gledson citou os casos da Cagece que enche a cidade de buracos e o SVO
(Sistema de Verificação de Óbito) que não funciona por falta de um link. Para
ele, o Estado está sucateado e não tem como resolver os problemas.
Tarso Magno (PR) perguntou sobre as três viaturas
anunciadas pelo Governo do Estado para Juazeiro que, segundo ele, nunca
chegaram. Em resposta a indagação de Tarso, a advogada observou que para apagar
o incêndio da última semana, os Bombeiros tiveram que esperar as viaturas de
Crato e Iguatu.
O presidente da Câmara, vereador Danty Benedito (PNM), acatou proposta
de formar uma comissão para verificar o problema e cobrar uma resolução das
autoridades. A comissão ficou formada com os vereadores Cláudio Luz (PT),
Capitão Vieira Neto (PTN), Claudionor Mota (PMN), Tarso Magno e Rita Monteiro
(PTdoB). A comissão trabalhará, ainda, na organização de uma Audiência Publica
com a presença do Ministério Público, Secretaria de Segurança e outros órgãos
afins.
Detalhes da sessão
Parece que os vereadores resolveram desenterrar assuntos já esquecidos.
Bertran Rocha, boicotado no Demutran, resolveu reavivar as denúncias contra o
órgão, pedindo explicações sobre a investigação interna e voltou a pedir o afastamento
do diretor do órgão. Seu pedido não ecoou. Mas, política e brigas pessoais a
parte, a sociedade merece uma explicação sobre o desfecho do acontecido.
A vereadora Rita Monteiro, preocupada com a transmissão da Missa do
Padre Cícero, realizada a cada dia 20, pediu que fosse feita a licitação para contratação
de empresa para fazer a transmissão. Ela pediu que os responsáveis fossem citados
via ofício.
O detalhe é que não existe dinheiro nem para a compra de medicamentos,
imagine para contratação de empresa para fazer transmissões. Parece que, pelo menos,
por enquanto os fieis do Padre Cícero, terão que ir até o largo do Socorro para
acompanhar as missas. Ruim para quem mora fora de Juazeiro.
No ritmo do quanto pior melhor, o vereador Tarso Magno, pediu o envio de
requerimento ao Ministério Público Federal (MPF) para que sejam feitas
auditorias em outras secretarias do Município, como a Educação. Para o
vereador, está havendo “roubo” de recursos do Fundeb.
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