O Ministério Público do Estado (MPCE)
desencadeou, na manhã dessa terça-feira (04), na cidade do Crato a segunda
etapa da operação “A hora da verdade”. Oito promotores, cinco delegados e cerca
de 30 policiais civis recolheram documentos e cumpriram mandados de prisão nas
residências de proprietários e nas sedes de duas empresas fornecedoras da
Prefeitura Municipal.
Durante coletiva de imprensa o promotor Igor
Pinheiro, coordenador da operação, disse que há indícios de fraude em
licitações e superfaturamento de produtos e serviços. Segundo o promotor, o
suposto esquema envolveu membros da Comissão de Licitação, a empresa Comege
Distribuidora de Medicamentos, ligada ao Grupo Gentil, e as gráficas Franci
Cópias e Control P.
As empresas teriam sido favorecidas pela
ligação com a campanha do prefeito Ronaldo Gomes de Mattos (PMDB), em 2012. Os
empresários José Alves Lobo, Manoel Magalhães, Francisco Rivaildo Braga e Laércio
Teles Braga, teriam apoiado a candidatura do prefeito e logo depois passaram a
ser fornecedores da Prefeitura.
Apesar da suposta aproximação com os
empresários, o promotor Igor Pereira disse que não foi encontrado qualquer indício
que ligue o prefeito ao esquema.
Resultado da operação
Foi apreendida uma
quantia de R$ 290 mil e farta munição de grosso calibre nas residências dos
empresários Francisco Rivaildo e Laércio Teles Braga. Os dois tiveram pedido de
prisão decreto, mas não foram encontrados. O secretário de Finanças, Édio
Oliveira Nunes, foi afastado das funções.
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