Duas das três Câmaras Municipais do Crajubar retornaram às suas
atividades parlamentares no dia 1º de fevereiro. Os vereadores de Crato e
Barbalha iniciaram o período legislativo entre acusações e defesas das
administrações municipais. Em Juazeiro do Norte, o retorno está previsto para está
quinta-feira (11) e promete seguir o mesmo ritmo.
Na Câmara de Barbalha, o prefeito Zé Leite enfrenta
uma série de denúncias de descaso com o movimento de greve na saúde, além de redução
e demissão de servidores. O prefeito é acusado de descaso com a aplicação dos
recursos públicos ao manter mais de R$ 10 milhões em caixa, enquanto desenvolve
uma política de recessão com demissões e perseguição aos permissionários do
mercado público.
O prefeito Zé Leite enfrentará, ainda, uma investigação
de Comissão Parlamentar Processante para investigar uma denúncia de mensalão
entre a sua administração e vereadores da base aliada. Os lideres de bancadas
devem se reunir nos próximos dias para indicação dos nomes que comporão a
Comissão. O requerimento para instalação da Comissão foi de autoria do vereador
Rildo Teles (PSL) e subscrito por toda a Casa.
Na Câmara do Crato, chegou a ser cogitado a entrada
de um pedido de afastamento do prefeito Ronaldo Mattos (PMDB), na primeira
sessão do ano. O pedido acabou recuando, por falta de quórum favorável. No dia
seguinte, o presidente da Câmara, vereador Pedro Alagoano (PSB), foi denunciado
por vários vereadores, em reunião com o prefeito, por gestão dos recursos da
Casa Legislativa.
O embate, com trocas de acusações entre base aliada
e oposição deve ganhar novos capítulos. No decorrer da semana, o vereador
Bebeto Anastácio (PSB), fez denúncias acerca da merenda escolar do município.
As denúncias foram rebatidas pela gestão da Secretaria de Educação que promete
acionar a justiça contra o vereador.
Com início nesta quinta-feira, a sessão da Câmara
de Juazeiro do Norte deve trazer denúncias sobre o dinheiro da iluminação
pública que não é usado para investimento no setor. São cerca de R$ 4 milhões na
conta da Prefeitura que, segundo a denúncia do vereador Normando Sóracles
(PSL), não estão sendo usados para o melhorando e ampliação da rede.
Além das denúncias, os vereadores devem votar
projetos polêmicos referentes a questões salariais e o Plano de Cargos,
Carreira e Remuneração (PCCR) dos servidores. Outro fato que deve ser motivo de
debate público é a volta dos vereadores Antônio de Lunga (PSC) e Ronnas Motos
(PMDB), as atividades parlamentares. Os vereadores foram afastados pela justiça,
no caso que ficou conhecido como escândalo das vassouras.
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