O processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff está se tornando
uma novela sem fim, que pode ser decidida no Superior Tribunal Federal (STF). Para analistas, o Poder Legislativo já demonstrou sua incapacidade de revolver a situação, sem
que haja uma intervenção do Judiciário.
Na manhã desta segunda-feira,
09 de maio,
a população brasileira foi pega de surpresa com a notícia de que o presidente,
em exercício, da Câmara dos deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), tinha anulado a
votação pelo impedimento na Câmara, realizada no dia 17 de abril.
A decisão de Waldir Maranhão foi motivada por pedido do advogado-geral
da União, José Eduardo Cardozo, protocolado no dia 25 de abril. O presidente
marcou nova eleição na Casa para a 5ª sessão, a contar desta de 9 de maio, o
despacho foi veiculado no Diário Oficial.
No início da tarde, também desta segunda-feira,
o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-PA), decidiu ignorar a decisão do
presidente da Câmara é resolver dar prosseguimento ao processo na Casa. Renan recusou
o pedido de devolução do processo a Câmara dos Deputados.
A decisão do
presidente Renan teria sido tomada após consultas ao regimento interno do
Senado e conversa com líderes partidários. Com a decisão, o resumo do parecer
da Comissão do Impeachment do Senado deve ser lido no plenário.
Caso o processo
siga, a previsão é que Dilma seja afastada na madrugada da próxima quinta-feira
(12). A votação no Senado está marcada para começar na quarta-feira (11) e a
oposição precisa apenas de maioria simples para afastar a presidenta.
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