Personalidades
importantes da política e da justiça, em Brasília, acabaram saindo de cima do
muro e dispararam fortes criticas aos métodos usados pela Polícia Federal (PF)
e pela operação Lava Jato. Entre os políticos, com queixa da PF, está o
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Em
entrevista coletiva nessa segunda-feira, 24, Renan disse que a operação que
prendeu quatro policiais legislativos usou de “métodos facistas”, jamais vistos
nem na ditadura militar. O presidente anunciou que a Advocacia do Senado deve
entrar nesta terça-feira, 25, com ação no Superior Tribunal Federal (STF)
pedindo que seja respeitada as prerrogativas da polícia legislativa.
O
presidente do Senado chamou o ministro da Justiça, Alexandre Morais, de “chefete
de polícia”, e qualificou o juiz Vallisney de Souza Oliveira, responsável pela
operação, de juizeco, por ter decretar uma ordem contra o Senado.
Outro que disparou foi o líder do governo, senador
Aluizio Nunes (PSDB-SP). Ao falar sobre o projeto que tipifica abusos de
autoridade, Nunes disse que o juiz Sergio Moro, que se acha o superego da
República, tem que dizer quais artigos do projeto da lei do Abuso do Poder
(quando ficar pronto), impedem a ação da Justiça. Moro já afirmou que esse
projeto representa um golpe na magistratura
Mais comedido nas criticas, o ministro do STF, Gilmar Mendes, disse
nessa segunda-feira, 24, em São Paulo, que as prisões preventivas feitas pela operação
Lava Jato, estão cercadas de “excessos”. Ele avaliou que é preciso “estabelecer
limites” para as prisões que ocorrem na operação.
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