O prefeito de Juazeiro do Norte, Raimundo Macedo
(PMDB), deve encerrar seu mandato antes de 31 de dezembro deste ano, como manda
a lei eleitoral. Raimundão foi afastado novamente do cargo por decisão do desembargador
Raimundo Nonato Silva Santos, do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE).
Na decisão, publicada no dia 31 de outubro,
segunda-feira, o desembargador levou em consideração investigação do Ministério
Público do Estado (MPCE), onde os réus são acusados de lapidar o patrimônio
público por meio de transações de compra de terreno, ocorrida em 2012.
Além de Raimundão estão citados no processo o empresário
Mauro Macedo, filho dele Raimundão; Jonatan Carneiro de Oliveira, servidor
comissionado da Prefeitura; Joanderson Tavares Silva, funcionário de Mauro
Macedo e o empresário Leonardo Coelho Bezerra. Deles foi decretado o bloqueio
de todos os bens e valores em contas bancárias, no valor de até R$ 4 milhões.
Raimundão foi eleito em 2012 e Teve uma gestão marcada
por acusações de desvio de dinheiro público. Em julho de 2015 foi afastado pela
Justiça, retornando ao cargo 40 dias depois por força de liminar emitida pelo
Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O esquema:
Segundo a investigação do Ministério Público, Raimundo
Macedo, Mauro Macedo e Jonatan Carneiro, previamente acertados, exigiram dos
empresários Leonardo Coelho Bezerra, Gineflides Tenório de Oliveira e Severino
Firmino da Silva vantagem indevida para aprovação de loteamentos e
desapropriação de terrenos. O benefício das vantagens era destinado ao prefeito
Raimundo Macedo em quantias que chegam a R$ 4 milhões.
Segundo o MP, em 2013 o empresário Leonardo Coelho
Bezerra, pressionado pelas constantes intimidações, acabou se associando a Raimundão,
Maurinho e Jonatan Carneiro. Ainda, segundo as investigações, a união tinha o
fim específico de cometer crime.
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