O caririense Eunício
Oliveira (PMDB), foi eleito nessa quarta-feira, dia 02, a um dos cargos mais
poderosos da República Brasileira, a presidência do Senado. Eunício é hoje o
cearense de maior influência na política nacional. O líder da oposição no Ceará
assume os poderes e os problemas de um Congresso em plena turbulência política.
O cargo que
controla pauta do Senado, traz repercussões óbvias para o Estado como aprovação
de empréstimos e financiamentos, que passarão pelas mãos de Eunício. Com a
provável indicação de outro cearense, o senador Tasso Jereissati (PSDB), para a
presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), a oposição no Ceará
ganharia importante espaço de influência sobre a pauta econômica nacional
durante o momento de crise.
A ascensão de
Eunício e Tasso traz preocupações para o governador Camilo Santana (PT). Ele precisará
aumentar a interlocução com as duas maiores forças da oposição ao seu governo. Eleito
primeiro-secretário da Casa, José Pimentel (PT) rebate tese de crescimento de
Eunício e defende unidade para garantir vitórias ao Estado.
Mas, na verdade, Eunício deve sinalizar o interesse
de disputar o governo do Ceará em 2018. E para isso, Eunício tem nas mãos uma Casa
com muitos recursos e cargos, importante instrumento na conquista de aliados e
visibilidade política.
O enfrentamento no
Ceará
Tendo que engolir a
realidade em Brasília e sem qualquer força para reagir ao que acontece na política
nacional, os irmãos Cid e Ciro Ferreira Gomes, os FGs, apenas amargam a
ascensão de Eunício. Os irmãos sabem que a repercussão do cargo fortalecerá o
projeto político da oposição cearense para as eleições de 2018.
Eunício e Tasso devem
construir o caminho para o Abolição começando pelo Senado. Para os FGs resta
assistir a vitória política do seu maior adversário, de quebra, tendo que se
preocupar com as investigações que envolve Cid Gomes nas delações da Lava Jato.
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