terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Governador Cid Gomes diz que “está tudo bem” na aliança PT - PSB
O governador Cid Gomes (PSB) afirmou ontem, durante visita da presidenta Dilma Rousseff a Fortaleza que “está tudo bem” na aliança entre o PSB e o PT. Dilma visitou as obras do conjunto habitacional Vila do Mar 3, no Bairro Álvaro Weyne.
Estiveram presentes, também, a prefeita Luizianne Lins (PT) e mais os pré-candidatos do partido, Elmano de Freitas, secretário de Educação de Fortaleza; Camilo Santana, secretário das Cidades do governo do Estado; Artur Bruno, deputado federal e o senador José Pimentel. Durante a entrevista o governador Cid Gomes disse: "Não há crise do PT com o PSB em Fortaleza, pelo meu gosto. Tenho dado reiteradas declarações nesse sentido".
Após a visita a presidenta, o governador e a prefeita deixaram o local no mesmo carro. Antes os três posaram para fotos juntos e cumprimentaram operários da obra.
A SITUAÇÃO lembra aquelas brigas entre irmãos que logo se reconciliam quando vêm a mãe ou o pai se aproximar. Coisa de “birra”.
Mas, brincadeiras a parte, discordo do governador Cid. A crise existe e não é nova. Na verdade, ela sempre existiu. Essa foi uma aliança construída sempre com alto grau de dificuldade e que só cresceu ao longo dos anos.
Em 2006, ano da primeira eleição de Cid Gomes, quando a aliança foi instituída, houve muita resistência por parte de vários grupos do PT. Naquele ano, como agora, Luizianne foi o fiel da balança, aderindo a aliança na última hora. Em 2010, o quadro de reeleição, amenizou os desgastes, o que, não significa que não existiram. Agora, em 2012, esse desgaste se agrava, principalmente, com a proximidade da disputa de 2014, quando Cid deixará o governo.
Então negar essa crise é como dizer que o Brasil nunca foi campeão mundial de futebol; ou seja, totalmente sem sentido do ponto de vista lógico. Agora, o governador está fazendo o seu papel no que diz respeito a amenizar as tensões porque passa a aliança. Isso demonstra vontade de manter o acordo e maturidade na discussão política.
Mas, o que fica de certo sobre tudo isso é a certeza de que a presidenta Dilma enquadrou, tanto a prefeita, quanto o governador. A conversa deve ter sido algo do tipo: “roupa suja se lava em casa”.
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