A grande surpresa dos delegados da Polícia Civil, quando cumpriram mandado de busca e apreensão na Câmara de Juazeiro, e outros quatro lugares está justificada. É que o relatório da própria Polícia apontou um estoque de 56.708 rolos de papel higiênico.
O relatório faz parte do inquérito que investiga a denúncia de compra exagerada de material de expediente e limpeza para a Câmara, na atual gestão do presidente Antônio de Lunga (PSC), principal alvo das denúncias.
O detalhe é que o papel higiênico não foi comprado pela atual gestão, o que, comprova que a prática não é nova. Os delegados do caso, não descartam a ampliação das investigações para a gestão do ex-presidente Zé de Amélia Júnior.
O relatório, divulgado em primeira mão pelo Site Miséria, traz ainda outras quantidades como 1.242 kg de açúcar, 230 caixas de clips, 380 réguas, 1.908 litros de água sanitária, 2.304 lápis, 2.750 barras de sabão de coco, 500 milhões de folhas de papel ofício e A4, 60 mil copos descartáveis, 3.200 folhas de papel almaço, 816 lustra móveis, 800 pacotes de esponja de aço, 37 fardos de sabão em pó, 4.443 vassouras, entre outros.
O delegado Tenório de Brito, responsável pelo caso, disse que ainda hoje, segunda-feira, o relatório deve ser enviado ao Ministério Público. Ainda sobre o caso, na última quinta-feira (29), foram ouvidas as primeiras testemunhas do inquérito. O delegado Tenório interrogou representantes das empresas e funcionários da Câmara.
No depoimento, a funcionária responsável pela limpeza foi categórica em dizer que nunca varreu a Câmara com uma vassoura de palha. Já a responsável pelo almoxarifado disse, que a indicação da quantidade e o que comprar, seria dela e não do presidente. Mas na realidade a coisa não aconteceu assim. É bom lembrar que o fato foi apresentado ao vereador Danty Benedito, autor da denúncia, pelos próprios funcionários.
Quanto ao presidente Antônio de Lunga e o tesoureiro Ronnas Motos, devem ser os últimos a depor; isso, por se tratarem dos acusados. Já sobre a anulação sucessiva das sessões, o vereador Darlan Lobo (PMDB), promete ir à justiça para garantir a realização das sessões. A semana promete!
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