O pior de um porre, segundo os ébrios de plantão, é o dia seguinte. Guardadas as devidas proporções é assim que devem estar se sentindo alguns vereadores do Crato. Isso sem falar na ressaca moral. O vereador Bebeto, por exemplo, e vale salientar, excelente interprete na arte do sensacionalismo, assumiu de público compromisso com os sem teto. Para ter o benefício há critérios e corre o risco de quem estiver ao lado dele não ser contemplado. Ele vai saber, em breve, o quanto a paciência do povo é pequena. Eles vão querer as casas! Já Amadeu quis jogar a bomba da sua decisão nas mãos da executiva do PT, mas a recebeu de volta. Terá que explicar aos militantes por ter votado nas contas do ex-prefeito do PSDB. A ex-vereadora petista, Mara Guedes, saiu da Câmara ressaltando que votou contra todas as contas do ex-gestor enquanto esteve vereadora. Mas, para curar um porre, o melhor é outro porre. Vamos esperar!
Os votos do “só pra contrariar”
Está provado, realmente, que a atitude do ex-prefeito Samuel Araripe, em colocar sob suspeição a integridade dos vereadores cratenses foi, como se diz, um tiro no pé. Nos bastidores, comenta-se que ele teria suas contas aprovadas sem dificuldade, não fosse a famosa “denúncia” extorsão. O resultado é que o bloco do “só pra contrariar” entrou em campo e transformou o futuro político de Samuel em verdadeiro “Samba do Crioulo Doido”. Depois da suspeição, sem o anuncio dos nomes, o ex-prefeito perdeu os votos dos vereadores Nando Bezerra, Pedro Alagoano e Dárcio Luis. Não se sabe, com riqueza de detalhes, o que aconteceu nos bastidores; mas, na prática, os três demonstraram insatisfação, seguida de coragem. A acusação foi séria e merece um esclarecimento pelo ex-prefeito.
Bebeto “confundindo as bolas”
Parece que o vereador Bebeto, anda sendo mordido pela famosa “Mosca Azul”, aquela que inebria os homens comuns quando assumem o poder. O primeiro sinal do mal é o sentimento de alto-suficiência e a sensação de poder absoluto, do tipo salvador da pátria. Durante a sessão de segunda-feira, o vereador chegou a defender a volta de disciplinas com “OSBP e Moral e Cívica” ao currículo escolar e, logo em seguida, enalteceu a constituição como uma vitória, como realmente é, da democracia e que custou muitas vidas. Alguém tem que dizer ao vereador que as disciplinas que ele sugere a volta, foram instrumentos da “ditadura militar”, para transmitir sua ideologia de poder. Não dá para defendê-las e depois enaltecer a democracia. É algo muito confuso de assimilar. Mas, como dizia um colega: perdoa-o, ele não sabe o que diz!
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