A Câmara de Juazeiro do Norte aprovou, nessa terça-feira (08), em sessão ordinária, projeto de Emenda ao Regimento Interno da Casa que aumenta a fiscalização e a transparência sobre os atos da presidência.
O vereador Gledson Bezerra (PTB), autor do projeto, disse que essa é uma oportunidade da Câmara dar uma resposta a sociedade que clama por medidas moralizadoras. Gledson destacou, ainda, que a criação do projeto foi motivada pelos constantes escândalos de corrupção que envolve a Casa Legislativa.
O projeto propõe a criação de quatro novos artigos, entre quais, o que obriga o presidente, em exercício, a fazer prestação de contas mensalmente, inclusive, com leitura do relatório em plenário, durante a última sessão de cada mês.
O único artigo, questionado, ainda na apresentação do projeto, no dia 17 de setembro, pelo presidente em exercício, vereador Darlan Lôbo (PMDB), foi o que prevê a criação de uma Comissão Permanente de Fiscalização e Controle do Legislativo, formada por três vereadores e dois funcionários efetivos da Casa.
O projeto, que prevê, ainda, quebra de decoro parlamentar, punível com cassação, para os casos de desobediência, foi aprovado por unanimidade.
Pronunciamento contra as drogas
Durante a sessão, o vereador Normando Soracles (PSL), usou a tribuna para fazer pronunciamento, onde abordou a problemática das drogas em Juazeiro do Norte. Para exemplificar seus argumentos, o vereador contou com a presença da senhora Maria das Graças que, segundo o vereador, tem um filho viciado em crak. Segundo relato da mãe, o rapaz de 16 anos vende tudo da casa para sustentar o vício.
Normando avaliou que os políticos da região tratam do problema com total descaso. “Ouvi na eleição que o Juazeiro teria um Centro de Recuperação para Dependentes. Mas, até agora, nada!” disse o vereador, informando que irá conversar com todos os deputados votados em Juazeiro para ajudarem a resolver ou amenizar o problema.
Durante o pronunciamento, Normando fez ainda a denúncia de que na Praça Padre Cícero, a venda de drogas e, segundo ele, escancarada e nada é feito para coibir a prática.
O vereador Cláudio Luz destacou que o Governo Federal vem tentando enfrentar o problema, mas o município não ajuda, fazendo a sua parte. Ele, também, exemplificou que o prefeito prometeu um Centro de Recuperação e não cumpriu.
O vereador Darlan Lôbo, foi responsável pela polêmica do pronunciamento. Ele questionou o terreno doado, pela gestão anterior, ao Projeto Reviver. Segundo o vereador é uma área de 50.000 m2, avaliada em R$ 10 milhões. Ainda segundo Darlan, o município não teve nenhuma contrapartida, já que, todo o serviço é pago, ou seja, sem qualquer benefício a população carente da cidade. Darlan finalizou pedindo que a área fosse revertida ao município.
Para conhecer o projeto foi formada uma comissão de vereadores para analisar a situação. Caso não exista contrapartida, a área pode retornar ao município. A comissão formada por seis vereadores deve visitar o projeto nessa quarta-feira (09), às 15 horas.
Normando finalizou pedindo que fosse feito um pacto entre políticos e sociedade para enfrentar o problema que se agrava de forma assustadora.
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