Grande parte dos vereadores da Câmara de Juazeiro do Norte, durante
sessão ordinária dessa terça-feira (18), defendeu maior atenção, aos
profissionais da Guarda Civil Metropolitana. O debate foi levantado ao plenário
pelo vereador Normando Sóracles (PSL), durante pronunciamento sobre a atual situação
do efetivo.
Segundo Normando a situação é de abandono da corporação que tanto é
necessária a segurança pública de Juazeiro. “Há um ano que os guardas não
recebem fardamentos e os atuais não tem, sequer, identificação de tipo
sanguíneo,” denunciou Normando.
O vereador destacou ainda a situação de vulnerabilidade que trabalham
alguns guardas. Normando citou áreas de risco e sugeriu novos equipamentos como
colete a prova de bala e o uso de arma de fogo. “Existem casos de guardas que
trabalham armados e não está errado. Eles têm medo e estão defendendo suas
vidas. Primeiro a vida, depois a lei,” disse Normando.
O vereador Cláudio Luz (PT) observou que nos grandes municípios a guarda
municipal tem um papel ativo na segurança pública. “O guarda faz a segurança do
patrimônio e do cidadão. Ela precisa ter meios para agir. Por isso, necessitam
estar melhor equipados com armas não letais, mais viaturas, rádios comunicação
e, uma parte, com porte de arma de fogo” ressaltou o vereador.
Para o vereador Gledson Bezerra (PTB) a discussão em torno das guardas
deve alcançar o nível federal. “É preciso dar uma nova roupagem as competências
das guardas municipais. Na questão local, estamos deixando de fazer o mínimo
possível. A lei já permite, mas aqui não é dado, sequer, o treinamento para que
o guarda se arme para combater uma situação de risco,” disse Gledson.
O presidente da Câmara, vereador Capitão Vieira Neto (PTN), disse ser
defensor do uso da arma de fogo pelos guardas. “Entendemos que a segurança
pública é dever do Estado, mas a responsabilidade é de todos. E o Poder Executivo
municipal terá que ajudar a fazer essa segurança,” disse o presidente. Capitão
Vieira destacou apenas o trabalho criterioso de treinamento que deve passar a
guarda para o uso da arma.
Outros debates
Outros assuntos discutidos na Câmara, durante a sessão, foram a situação
do município depois das fortes chuvas e a insistência da Coelce em não aceitar
convite da Casa para falar sobre a taxa de iluminação pública.
Sobre os estragos nas vias da cidade depois das chuvas, o presidente da
Câmara, vereador Capitão Vieira, fez requerimento solicitando a presença do
secretário de Infraestrutura, Akiro Menezes, para falar sobre o plano de
recuperação das vias e limpezas de canais.
O vereador Cláudio Luz citou casos de ruas destruídas e casas invadidas
pelas águas em consequência de canais e bueiros entupidos. Já o vereador
Alberto da Costa (PT), criticou a falta de planejamento do município que,
segundo ele, não se preparou para as chuvas. “Uma chuva de cerca de 50
milímetros fez o estrago que fez, imagine se chover de verdade. A cidade vai a
baixo,” disse Alberto.
Sobre a taxa de iluminação pública, o vereador Normando cobrou mais uma
vez respostas da prefeitura e da Coelce. Segundo ele, mais uma vez a Câmara
ficou sem resposta de um requerimento aprovado em plenário. “Queremos saber
quais os critérios e quanto está sendo arrecadado com a taxa. Continuamos pagando
uma taxa de iluminação pública imoral,” desabafou Normando.
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