O vereador Darlan Lôbo (PMDB) requereu durante a sessão da Câmara de
Juazeiro do Norte, nessa terça-feira (11), que a presidência da Casa enviasse
oficio ao procurador federal, Rafael Rayol, solicitando informações sobre o
andamento da investigação do possível desvio de dinheiro público na realização
do Juaforró de 2008.
O vereador Darlan propôs fazer parte de uma comissão, composta pelos
denunciantes do caso, com assento na Casa, para ir até o Ministério Público
Federal em Juazeiro para obter respostas, já que, segundo ele, a população tem
questionado sobre o desfecho das investigações que nunca vieram ao conhecimento
público.
Segundo o vereador, a informação é que o caso já foi apurado tendo,
inclusive, delação premiada dentro do processo. “Eu mesmo e mais o vereador Zé
de Amélia Júnior e outros ex-vereadores fomos depor sobre o caso, mas até
agora, não temos nenhuma resposta para a sociedade, imprensa e a Câmara, sobre
o resultado do processo, “argumentou Darlan.
Darlan ressaltou ainda que envolvidos no escândalo continuam promovendo
festas usando equipamentos públicos de Juazeiro. Sobre uma festa, marcada para
o dia 22, sábado, Darlan pediu que fosse enviado ofício ao promotor
Silderlandio do Nascimento para averiguar a situação do Parque de Eventos Padre
Cícero, local da festa, que tem suas despesas pagas pela prefeitura.
Darlan pediu ainda que o Corpo de Bombeiros emita lauto sobre as
condições estruturais do Parque de Eventos para a realização da festa. O
requerimento não foi questionado e deve seguir os destinos solicitados pelo
vereador.
Voto aberto
Na mesma sessão, o vereador Cláudio Luz (PT) requereu que o projeto que
institui o voto aberto para casos de cassações de mandatos, desça das comissões
e seja apreciado pelo plenário da Casa. O vereador disse temer pela demora que,
segundo ele, já ultrapassou os 80 dias desde a sua entrada na Câmara.
Para o pedido, o vereador evocou o art. 126, parágrafo único, do
Regimento Interno, que estabelece em 45 dias o prazo para a formulação do
pedido. Segundo ele, o atraso e a falta de notícia reforçam o que tem ouvido
sobre o interesse do prefeito Raimundo Macedo (PMDB) em cassar seu mandato.
Ainda segundo o vereador, o projeto foi dado entrada na Casa no dia 12
de dezembro de 2013 e até agora não existe, sequer, parecer das comissões. “O
voto secreto cria vícios de negociatas. O Congresso já acabou com a prática e
Juazeiro precisar dar uma resposta a sociedade,” ressaltou Cláudio,
esclarecendo que, segundo a assessoria jurídica da Casa, o projeto se encontra
em poder da Mesa Diretora.
O presidente da Câmara, vereador Capitão Vieira (PTN), disse que o
projeto está nas comissões e que, após ser enviado o parecer das mesmas, será
colocado a apreciação do plenário como manda o Regimento Interno.
Outros debates
Repercutiu durante a sessão, notícia do Jornal do Cariri que aponta
denúncia de que a empresa SR Empreendimentos custeou a estadia dos vereadores
em Caucaia dias antes da eleição da Mesa Diretora. Segundo a denúncia todos os
vereadores em retiro votaram no atual presidente Capitão Vieira. O Ministério
Público do Estado investiga a possibilidade de compra de voto.
O presidente rebateu a informação dizendo que os próprios vereadores
custearam as despesas e que deve acionar judicialmente o denunciante e o Jornal
por ter publicado a informação.
Em pronunciamento o vereador Normando Sóracles (PSL) abordou a situação
de descaso como são tratados os idosos pela administração de Juazeiro. Normando
apontou falhas na infraestrutura (ruas e calçadas), transportes públicos, saúde
e outros. “Nos PSFs não tem cadeiras, nem banheiros para os idosos. Isso sem
falar que não existe sequer um médico geriatra para atender,” disse Normando.
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