Os promotores do Ministério Público do Estado (MP-CE), com sede no
Crato, Raimundo Parente e Lucas Azevedo, depois de discordar da decisão do juiz
da 1ª Vara Cível, José
Batista de Andrade, devem ouvir mais quatro citados no processo que investiga denúncia de
extorsão ao ex-prefeito Samuel Araripe para aprovação de uma das suas contas de
governo pela Câmara Municipal.
O juiz
decidiu arquivar todas as medidas liminares, referentes ao afastamento dos cinco
vereadores, por extrapolamento de prazos e falta de provas. Segundo o juiz o MP-CE não cumpriu o prazo
estipulado de 30 dias para ajuizar a ação principal. A decisão reintegrou os
vereadores Pedro Alagoano, Nando Bezerra, Galego da Batateira, Marquim do Povão
e Celso dos Frangos.
“Não era razoável esperar indefinidamente até que as demais informações
viessem aos autos. Por isso, determinei a volta dos vereadores e o arquivamento
do processo,” disse José Batista.
A decisão foi contestada pelos promotores, que apontaram erro do juiz na
contagem do prazo. Para o promotor Raimundo Parente a contagem deveria partir do cumprimento do afastamento e a
chegada de todos os documentos solicitados pelo MP-CE. “Somente depois disso, deveria
intimar o Ministério Público e contar o prazo de 30 dias para a ação
principal,” ressaltou Parente. Os promotores prometeram recorrer da decisão.
Enquanto isso, os promotores, como anunciado na segunda-feira (10), seguem
com as oitivas do processo. Na manhã desta quinta-feira (13), devem ser
ouvidos, os empresários Laércio e Rivaildo Teles, do grupo Gentil; além do
prefeito do Crato, Ronaldo Mattos, e do secretário de Governo Rafael Branco. Os
quatro são citados em gravações e depoimentos de pessoas ligadas ao grupo do
ex-prefeito Samuel. As gravações são avaliadas pela defesa como clandestinas e
invalidas.
(Foto arquivo: Dihelson Mendonça).
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