A
região do Cariri chorou na última semana a morte do seu filho mais ilustre nos
últimos anos. O acidente aéreo que vitimou o presidenciável e ex-governador de
Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), no último dia 13, causou comoção e uma série
de manifestações de Prefeituras e Câmaras da região do Cariri.
Comércio e entidades ficaram bandeiras a meio mastro. Prefeituras e
Câmaras decretaram luto, divulgaram notas de pesar e, em alguns casos,
suspenderam os trabalhos até o sepultamento. No Crato, o prefeito Ronaldo
Mattos (PMDB), divulgou nota de pesar e decretou luto oficial de três dias.
Eduardo Campos era cidadão cratense; título concedido pela Câmara municipal em
novembro de 2011.
No mesmo ritmo, os prefeitos de Juazeiro do Norte, Raimundo Macedo
(PMDB), e Barbalha Zé Leite, também, divulgaram nota de pesar onde lamentaram o
acontecido. Eduardo Campos se tornou cidadão juazeirense e Barbalhense em maio
deste ano. Em Araripe, o prefeito em exercício, também, decretou luto oficial.
Os candidatos caririenses ao Governo do Estado,
divulgaram notas de pesar e suspenderam a campanha até o sepultamento do
presidenciável. Em nota Camilo Santana (PT) disse estar profundamente
triste com a tragédia. “Eduardo Campos foi um grande governador e era um dos
principais nomes da política brasileira. É um momento triste para todo o Brasil,
disse Camilo.
O candidato Eunício Oliveira (PMDB) chamou
Eduardo Campos de amigo fraternal e disse que a dor pela perda é imensa. “Tive o
privilégio de uma longa proximidade com Eduardo. Convivemos como deputados,
fomos juntos líderes, fomos juntos ministros e, sobretudo, compartilhamos com
nossas famílias a intimidade de amigos. A dimensão da falta que ele fará ao
Brasil é incalculável" disse em nota Eunício Oliveira.
Raízes
com o Cariri
Eduardo Campos era neto de um caririense, o ex-governador de Pernambuco Miguel
Arraes, nascido em Araripe. “Vir ao Cariri, para mim, sempre foi motivo de
grande alegria. É sempre um momento para reencontrar minha família e amigos” repetia
Eduardo Campos em entrevistas.
Sempre que podia o político visitava a tia avó, dona Almina Arraes, irmã
do avô Miguel Arraes, que ainda hoje reside na cidade do Crato. A trágica
morte do sobrinho/neto deixou dona Almina Arraes, de 90 anos, sem palavras e em
estado de choque. Segundo
familiares, dona Almina chorou muito e demorou a acreditar no acontecido.
Em nome da família falou o primo de Eduardo Campos,
Valdemar Arraes Farias Filho. Segundo Valdemar, o momento é muito difícil pela
circunstância como tudo aconteceu. “A família ainda está muito abalada pela
forma repentina como tudo aconteceu. Ninguém esperava perdê-lo assim,” disse
Valdemar Arraes.
A maior parte dos familiares viajou a capital
pernambucana, Recife, para acompanhar o velório e sepultamento no domingo (17).
Em consequência da avançada idade, dona Almina Arraes, acompanhou tudo do
Crato. Até a sexta-feira (15), a família ainda não sabia sobre fazer ou não
missa de sétimo dia no Crato.
Os últimos passos no Cariri
Nos últimos 60 dias, Eduardo Campos esteve na região
por três vezes. No dia 31 de maio, o presidenciável participou da Festa do Pau
da Bandeira de Santo Antônio, no município de Barbalha. Percorrer as ruas no cortejo
do pau e antes participou da missa em Ação de Graças ao santo. O presidenciável
cumpriu ainda agenda de visita a terra natal do avô, Miguel Arraes, no
município de Araripe, e a tia avó no Crato.
No dia 18 de julho, acompanhado pela candidata a vice-presidenta,
Marina Silva, o presidenciável desembarcou no Cariri para uma agenda que
incluiu uma agenda de caminhada na tradicional Exposição Agropecuária do Crato,
a ExpoCrato. Campos foi recepcionado pela candidatas ao governo do Estado, Eliane Novais,
e ao Senado, Geovana Cartaxo, ambas do PSB-CE.
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