Pré-campanha. No Cariri, Ciro diz que reencontrará Lula no segundo turno
Pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, o ex-ministro Ciro Gomes amenizou, nessa quinta-feira, 1º, a crise entre ele e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da silva (PT). Durante evento de lançamento da sua pré-campanha na região do Cariri, Ciro disse que tem muita gente tentado fazer intriga.
“O que é fato é que nós, eu e o Lula, estivemos juntos, com nossas
diferenças, ao longo dos últimos 16 anos e tenho certeza de que vamos trabalhar
e nos reencontrar no segundo turno,” disse Ciro.
Ciro falou ainda sobre o distanciamento entre o PT e o PDT, motivado por
troca de farpas e a recusa do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, em
compor sua chapa como vice. “É natural que o PT pretenda ter candidato. É
natural também que eles (PT) compreendam que o PDT queira ter sua própria
proposta,” avaliou.
Durante discurso Ciro relacionou uma série de dados estatísticos sobre
desemprego, violência, fez críticas ao governo do presidente Michel Temer ao
destacar o avanço das facções no país. O presidenciável aproveitou para dizer
que diante da situação, “me apresento com autoridade moral para apontar o dedo
na cara dos corruptos deste país.”
O evento denominado “Caravana Rumo 12”, percorreu as cidades de
Caririaçu, Juazeiro do Norte e Crato. Ciro esteve acompanhado do presidente
Nacional do PDT, Carlos Lupi, presidente da Assembleia Legislativa do Ceará,
deputado Zezinho Albuquerque, prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, e do
líder do PDT na Câmara, deputado federal André Figueiredo.
EMBATE. Ciro criticou o
deputado Jair Bolsonaro que o está processando por calúnia e difamação. “É
preciso que o democrata entenda que quem não sabe brincar não deve descer pro
play”, disse Ciro, ressaltando que o debate está apenas começando e que não
ofendeu Bolsonaro em nenhuma circunstância.
“Ele (Bolsonaro) vai ter que ter paciência porque o povo brasileiro
merece que a gente esclareça quem somos, de onde viemos, o que andamos pensando
sobre todos os assuntos, afinal de contas essa é a essência da democracia,”
disse Ciro.
CRISE INTERNA. Perguntado sobre a
aliança entre o governador do Ceará, Camilo Santana (PT) – apoiado pelo seu
grupo político no estado – é o presidente do Congresso, senador Eunício
Oliveira (MDB), Ciro foi enfático: “é preciso tomar muito cuidado para que
amanhã o povo não pense que os adversários que acabaram de se enfrentar estão
se unindo para tirar o povo da jogada”.
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