domingo, 27 de fevereiro de 2011

Última de fevereiro: Uma semana de convulsões


No Oriente Médio continuam os conflitos entre situações e oposições na busca por revezamento de poder, já que, não se tem a certeza que o resultado final será a abertura política no caminho da democracia.

Após a queda do regime no Egito, que durava mais de 3 décadas, países como Iêmen, Argélia, Bahrein e, no caso mais de maior repercussão na mídia, a Líbia, passam por um verdadeiro bombardeio de protestos.

Em todos os casos os governos cortam o acesso a internet, energia elétrica, e mantém controle extremo sobre as comunicações. A violência, em alguns casos com a contratação de mercenários já mataram, segundo informações, cerca de 400 militantes.

O Conselho de Segurança da ONU tenta responder, mas como sempre o efeito é limitado. Na região conhecida como barril de pólvora, só dialogo e a ameaça não resolve. É preciso negociar e fazer novos aliados para usá-los no poder para, assim, promover a paz. Os EUA fazem isso com maestria. Quem o diga Bin Laden.

Na cidade de Barbalha, no Cariri cearense, agentes da Polícia Federal, cumprindo mandados de Busca e Apreensão foram recebidos à bala no Bairro Alto da Alegria. Os mandados expedidos pela justiça da cidade estão relacionados com crimes de formação de quadrilha, coação, extorsão, uso de armas e tráfico de drogas.

Ainda no Ceará, as cidades de Acaraú e Barbalha são as duas cidades com o trânsito mais violento do Brasil. A informação foi divulgada no portal do Ministério da Justiça. De acordo com o Mapa da Violência/2011, Barbalha tem o trânsito mais violento na população em geral. Na cidade foi registrada uma taxa de mais de 207 mortes por 100 mil habitantes.

As coisas realmente estão mudando. O mapa da violência já não pertence somente aos grandes centros. Pequenas cidades são acometidas por violência extrema tanto do crime organizado, quanto do extresse e imprudência no trânsito. O preocupante é que os gestores locais não percebem e nem tentam resolver o problema, o que, nos levará ao caos das grandes cidades.

No Juazeiro do Norte, estudantes da Faculdade Leão Sampaio, foram ameaçados de expulsão, por promoverem um protesto por estarem insatisfeitos com superlotação nas salas e a constante falta de professores. O manifesto reuniu cerca de 100 alunos do curso de Serviço Social. A faculdade alega que não pode ficar com prejuízo, por isso junta turmas, inclusive de semestres diferentes, numa mesma sala de aula.

Esse é o resultado da mercantilização da educação implantado por algumas faculdades que têm o foco no lucro e não na melhoria do nível educacional do Brasil. É lamentável e precisa ser coibido.

Ainda no Juazeiro, a aparente desestabilização política tem promovido uma abertura para que muitos sem sonhem com comando da cidade. Na última semana, já começamos a conhecer os pretensos candidatos a prefeito da terra do Padre Cícero. O deputado federal Arnon Bezerra e o cantor Alcimar Monteiro já usaram as rádios da cidade para confirmarem suas pretensões. Isso sem falar do, também, deputado federal, Raimundo Macedo, que já intensifica a propagação do seu nome na rádio de sua propriedade.

Esse é um tiro que pode sair pela culatra. Ainda estamos muito longe do período eleitoral, o que pode desgastar os nomes lançados prematuramente. Muita água deve rolar por baixo da ponte, mas, pela experiência, podemos concluir que quem sai muito na frente, geralmente não chaga. Na verdade sonham crescer no processo para negociar com os verdadeiros nomes que disputarão o poder juazeirense. É esperar para ver!

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