Barbalha. TCU pede inelegibilidade de Zé Leite
O Tribunal de Contas da União (TCU) publicou resultado do julgamento de
prestação de contas do município de Barbalha na gestão do ex-prefeito José
Leite Gonçalves Cruz, o Zé Leite (PT). O ex-prefeito foi considerado como
participante solidário aos ex-secretários de Educação Maria Betilde Sampaio
Correia, Odair José de Matos e Izabel Cristina Bastos Nóbrega Cruz, por prática
de improbidade administrativa.
Os quatro ex-gestores foram condenados por sobrepreço na contratação do
transporte escolar do município entre os anos de 2009 e 2010. O processo, que pede
a inelegibilidade dos ex-gestores por oito anos, foi baseado na tomada de
contas especial decorrente da conversão de processo de auditoria realizada pelos
técnicos do TCU. São citadas no processo a empresa contratada, Top Service Mão de Obra e
Locações de Veículos Ltda. e/ou Flamax Serviços de Mão de Obras Ltda.
Depois de ouvidas as alegações das partes, propostas e acompanhadas
pelos Ministério Público, a corte decidiu por retirar do processo a empresa
Flamax Serviços. Segundo a decisão, há impossibilidade jurídica de aplicação de
sanção à empresa. Aos outros envolvidos foram aplicadas multas de R$ 5 mil,
individualmente.
As defesas dos ex-gestores, alegaram que a empresa Top Service Mão de Obra e Locações de Veículos Ltda., contratada depois de licitação, não executou
diretamente os serviços, o que, ocasionou o sobrepreço, motivada por uma série
de custos adicionais. Para a defesa dos gestores, a empresa é a única
responsável pela irregularidade.
Nenhuma das alegações
das defesas foram aceitas pela corte, sendo considerada a subcontratação ilegal
que causou dano ao erário público. Os ex-secretários devem devolver os valores,
identificados como sobrepreços, praticados à época em que estavam à frente da
Secretaria. Maria Betilde foi condenada a devolver o valor de R$ 60.904,15; Odair
José R$ 20.301,38; e Isabel Cristina R$ R$ 40.602,77.
Ao final o TCU pede que a decisão da Corte seja
encaminhada a Câmara de Vereadores do Município, ao Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE), a Procuradoria da República no Ceará, ao
Ministério Público Federal (MPF) e ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM),
hoje, sob responsabilidade do Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE).
(Matéria completa no Jornal do Cariri).