quinta-feira, 24 de março de 2011

Obama no Brasil: Não avançamos em nada


O presidente americano Barack Obama, em visita ao Brasil, fez um grande esforço para ser o mais amigável e descontraído possível. O comportamento é estratégico. Faz parte de uma jogada de marketing para melhorar a imagem anti americana que tomou conta, não dos países do golfo, mas da America do Sul também. Por trás da imagem de bom moço se esconde um império ávido por poder e disposto a sacrificar qualquer um para alcançar seus objetivos.

Mas o que realmente teve importância na visita foram as negociações sobre parceria comercial e o debate sobre a pretensão do Brasil para uma cadeira permanente na ONU. Há muito o Brasil tem procurados outros parceiros alternativos para seus produtos, desgarrando-se aos poucos da dependência norte americana, isso tem preocupado a maior potência. No campo político tem procurado mais notoriedade na política internacional, o que viria com um acento permanente no conselho de segurança da ONU.

Nesses pontos nada avançou. Continuarão as barreiras aos nossos melhores trunfos comerciais, os produtos agrícolas. Quanto ao desejo de ter mais espaço político na ONU, é claro, com o apoio do governo americano, a resposta foi que o presidente Obama estava, em outras palavras, “simpático” as pretensões do Brasil.

Como assim simpático? Isso é brincadeira! Depois de décadas de exploração e obediência, tudo que ele tem a dizer é está simpático? E o pior é que a maioria dos analistas políticos consideram a afirmação como um bom sinal. Não da para engolir. Nossos analistas têm que repensarem suas visões.

A afirmação sobre uma cadeira permanente na ONU foi bem diferente na Índia, onde Obama foi categórico ao defender que o país tenha tal acento. É aquela velha história: eu sou simpático ao Santos, mas torço mesmo e para o Flamengo.

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