quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Eunício assume o Senado, poder e problemas

O caririense Eunício Oliveira (PMDB), foi eleito nessa quarta-feira, dia 02, a um dos cargos mais poderosos da República Brasileira, a presidência do Senado. Eunício é hoje o cearense de maior influência na política nacional. O líder da oposição no Ceará assume os poderes e os problemas de um Congresso em plena turbulência política.

O cargo que controla pauta do Senado, traz repercussões óbvias para o Estado como aprovação de empréstimos e financiamentos, que passarão pelas mãos de Eunício. Com a provável indicação de outro cearense, o senador Tasso Jereissati (PSDB), para a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), a oposição no Ceará ganharia importante espaço de influência sobre a pauta econômica nacional durante o momento de crise.

A ascensão de Eunício e Tasso traz preocupações para o governador Camilo Santana (PT). Ele precisará aumentar a interlocução com as duas maiores forças da oposição ao seu governo. Eleito primeiro-secretário da Casa, José Pimentel (PT) rebate tese de crescimento de Eunício e defende unidade para garantir vitórias ao Estado.

Mas, na verdade, Eunício deve sinalizar o interesse de disputar o governo do Ceará em 2018. E para isso, Eunício tem nas mãos uma Casa com muitos recursos e cargos, importante instrumento na conquista de aliados e visibilidade política.

O enfrentamento no Ceará

Tendo que engolir a realidade em Brasília e sem qualquer força para reagir ao que acontece na política nacional, os irmãos Cid e Ciro Ferreira Gomes, os FGs, apenas amargam a ascensão de Eunício. Os irmãos sabem que a repercussão do cargo fortalecerá o projeto político da oposição cearense para as eleições de 2018.

Eunício e Tasso devem construir o caminho para o Abolição começando pelo Senado. Para os FGs resta assistir a vitória política do seu maior adversário, de quebra, tendo que se preocupar com as investigações que envolve Cid Gomes nas delações da Lava Jato.

Ciro quer ser presidente, mas com o enfraquecimento do grupo no Ceará, sua base política, pode adiar os planos para o futuro. Neste momento, os FGs têm que se apegar a Roberto Cláudio e Camilo Santana como as luzes no fim do túnel para se manterem vivos na política. De protagonistas e coadjuvantes; são as voltas que a política dá!

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