quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Disputa pela mesa diretora pode trazer de volta G11 e G10

Famosos no início da legislatura, quando da eleição para a mesa diretora, biênio 2013-2014, onde o prefeito Raimundo Macedo (PMDB) saiu derrotado, os grupos conhecidos como G11 e G10 podem ser reeditados numa possível disputa pela mesa diretora para o anuênio 2014.

A disputa ganhou força desde a renúncia dos quatro membros da mesa diretora, os vereadores Antônio de Lunga (presidente), Ronnas Motos (tesoureiro), Adauto Araújo (2º secretário) e Antônio Cledmilson (3º secretário). Há especulações de que os vereadores teriam renunciado aos cargos para forçar a nova eleição.

Ainda na terça-feira (10), 14 vereadores assinaram um requerimento pedindo a imediata realização de eleição para a mesa diretora, levando em consideração a vacância dos cargos. O requerimento foi encaminhado, pelo presidente interino, a procuradoria da Casa para análise. Os autores do requerimento prometem entrar na justiça para garantir a eleição, independente do parecer da procuradoria.

Caso a disputa aconteça, ela se daria entre dois grupos bem definidos. De um lado, se articulam os vereadores Capitão Vieira (PTN), Tarso Magno (PR), Gledson Bezerra (PTB), Adauto Araújo (PSC), Antônio Cledmilson (PSD), Preto Macedo (PMDB) e Sargento Nivaldo (DEM). De outro o presidente interino Darlan Lobo (PMDB), tem ao seu lado os vereadores José de Amélia Júnior (PSL), Normando Sóracles (PSL), Danty Benedito (PMN), Cláudio Luz (PT), Alberto Costa (PT) e Zé Ivan Leiteiro (PTdoB).

Saem da integração dos grupos, os vereadores Bertran Rocha (PTdoB), Rita Monteiro (PTdoB), Claudionor Mota (PMN), João Borges (PRTB), Sargento Firmino (PRP) e Didi de Amarílio (PPS). Eles não estariam 100% em nenhum dos grupos, apesar da tendência por um deles. A incógnita é a vereadora Mara Torres (PPS), licenciada por problema de saúde e que pode não estar recuperada até a votação.

Em uma analise mais detalhada dos articuladores, a disputa seria decida por um voto apenas. A surpresa é a mudança de lado por parte de alguns vereadores. Os articuladores não descartam ainda a possibilidade de uma terceira via. Nesse caso uma das chapas pode não alcançar a maioria de 11 votos e, segundo o estatuto, seria realizada outra eleição.

Todas as informações foram colhidas em conversas com articuladores pertencentes a ambos os lados, cujos nomes, a pedido dos mesmos, manteremos em sigilo.

Operação abafa

Mesmo com toda movimentação dos grupos, a última informação de bastidores aponta para uma possível mudança no quadro. A possibilidade de disputa começou a perder força na sexta-feira (13), quanto o prefeito Raimundo Macedo, em contato com o presidente Darlan Lobo, colocou a intenção de pedir uma sessão extraordinária para quarta-feira (18). O pedido teria sido aceito, com a ressalva de que o prefeito teria que afastar seu filho, o empresário Mauro Macedo, das questões da Câmara.

Segundo pessoas ligadas ao prefeito, ele não teria interesse na disputa. A ideia é diminuir o desgaste dos últimos dias e evitar um embate jurídico. A disputa judicial, com relação ao pedido dos 14 vereadores para realização da eleição, pode inflamar os ânimos e respingar na administração.

Nesse sentido, nenhum dos articuladores contatados, descarta a possibilidade de um acordo para efetivar o presidente interino Darlan Lobo, no cargo de presidente, adiando a disputa para o biênio 2015-2016. A Casa faria eleição somente para a recomposição dos cargos vagos e não aceitaria a renúncia do presidente afastado.

Outro ponto comum entre os articuladores é que a configuração de G11 e G10 existe apenas para uma possível disputa pela mesa. Com relação a maioria do prefeito na Casa, segundo os articuladores, em votações normais a base chaga a 18 dos 21 vereadores. Foi usado como exemplo a votação que analisará o veto do prefeito a Lei do Passe Livre. A tendência é que o veto seja mantido.

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