sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Raimundão trabalha para inviabilizar CPI na Câmara de Juazeiro

O prefeito de Juazeiro do Norte, Raimundo Macedo (PMDB), reuniu um grupo de vereadores na noite dessa quinta-feira (31), no Hotel Verdes Vales, para tentar demovê-los da ideia de aprovar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar três empresas prestadoras de serviço da prefeitura.

Durante a reunião o prefeito solicitou aos que assinaram o pedido do vereador Cláudio Luz (PT), para retirem os nomes. E aos que ainda não assinaram que não o façam. Já assinaram o pedido, os vereadores Cláudio Luz, Alberto da Costa (PT), Bertran Rocha (PTdoB), Rita Monteiro (PTdoB), Zé Ivan Leiteiro (PTdoB), Normando Sóracles (PSL) e Danty Benedito (PMN).

Outros vereadores que não assinaram, mas que, prometeram em plenário, assinar foram Tarso Magno (PR), Gledson Bezerra (PTB) e o presidente da Câmara, Darlan Lôbo (PMDB). Dos três apenas Gledson deve estar ausente na próxima sessão da terça-feira, 5 de novembro, quando o pedido deve ser apreciado e votado pelo plenário. O vereador fica em Fortaleza até o dia 11 de novembro, onde está à trabalho.

Segundo informações a reunião foi dirigida a bancada do PTdoB, que assinou o pedido com declaração em plenário do seu líder, vereador Bertran Rocha. Para ser apreciada pelo plenário, são necessárias sete assinaturas, ou um terço do quórum de 21 vereadores.

Na denúncia, feita pelo vereador Normando, durante a sessão de 16 de outubro, a empresa “A.M.C. Pinheiro – ME” já recebeu mais de R$ 328 mil para prestar serviços de dedetização; e a empresa “G&C Refrigeração” recebeu R$ 213 mil para fazer serviços de manutenção de ar condicionado e instalações elétricas em escolas.

Uma comissão formada pelos vereadores Normando Soracles, Darlan Lôbo, Cláudio Luz, Rita Monteiro, Tarso Magno, Alberto Costa, Tarso Magno e Gledson Bezerra, foram as sedes das empresas e locais onde os serviços teriam sido realizados. A Comissão identificou várias falhas na prestação dos serviços que, segundo o relatório das visitas, sequer, se tem a certeza da realização. Além de outros fatores que colocam sob suspeita o fechamento dos contratos.

O vereador Cláudio Luz, autor do pedido, disse não acreditar que os vereadores, que já assinaram, recuem na decisão. “As irregularidades são graves e os vereadores não podem fazer de conta que elas não existem. O parlamento municipal não pode se calar e ficar submisso ao prefeito. Não podemos cegar diante de graves denúncias de desvio de dinheiro público,” disse.

As empresas firmaram, por meio de licitação, com apresentação de proposta única, contratos que chegam a R$ 1,2 milhão. Os recursos vêm, principalmente, das Secretarias de Educação e Saúde.

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