quarta-feira, 5 de agosto de 2015

MP realiza segunda etapa da operação “A Hora da Verdade” no Crato

O Ministério Público do Estado (MPCE) desencadeou, na manhã dessa terça-feira (04), na cidade do Crato a segunda etapa da operação “A hora da verdade”. Oito promotores, cinco delegados e cerca de 30 policiais civis recolheram documentos e cumpriram mandados de prisão nas residências de proprietários e nas sedes de duas empresas fornecedoras da Prefeitura Municipal.

Durante coletiva de imprensa o promotor Igor Pinheiro, coordenador da operação, disse que há indícios de fraude em licitações e superfaturamento de produtos e serviços. Segundo o promotor, o suposto esquema envolveu membros da Comissão de Licitação, a empresa Comege Distribuidora de Medicamentos, ligada ao Grupo Gentil, e as gráficas Franci Cópias e Control P.

As empresas teriam sido favorecidas pela ligação com a campanha do prefeito Ronaldo Gomes de Mattos (PMDB), em 2012. Os empresários José Alves Lobo, Manoel Magalhães, Francisco Rivaildo Braga e Laércio Teles Braga, teriam apoiado a candidatura do prefeito e logo depois passaram a ser fornecedores da Prefeitura.

Apesar da suposta aproximação com os empresários, o promotor Igor Pereira disse que não foi encontrado qualquer indício que ligue o prefeito ao esquema.

Resultado da operação

Foi apreendida uma quantia de R$ 290 mil e farta munição de grosso calibre nas residências dos empresários Francisco Rivaildo e Laércio Teles Braga. Os dois tiveram pedido de prisão decreto, mas não foram encontrados. O secretário de Finanças, Édio Oliveira Nunes, foi afastado das funções.

O MP ajuizou Ação Penal contra os quatro empresários envolvidos, o secretário de finanças e mais a ex-presidente da Comissão de Licitação, Angélica Bezerra Lessa; o membro da Comissão, Valter Pereira dos Santos; e o procurador geral do Município, George Erico Borges. Eles devem responder por peculato e associação criminosa.

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