sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Vereadores de Juazeiro rechaçam representante da Geoplan

O representante da empresa “Geoplan Consultoria Planejamento e Serviços Ltda.”, Joflaubert Silvestre Bezerra, foi rechaçado pelos vereadores de Juazeiro do Norte, na tarde dessa terça-feira (05), durante sessão da Câmara Municipal. O diretor da Geoplan atendeu ao convite da Casa para prestar esclarecimentos sobre o trabalho desempenhado pela empresa e os recursos recebidos. A empresa é responsável pela manutenção e expansão do setor de iluminação pública do município.

Durante o pronunciamento, Joflaubert disse que a empresa assumiu Juazeiro em 2014, com uma alta demanda reprimida. Ele citou que a empresa recebia algo em torno de 80 solicitações por dia e, hoje, esse número caiu para apenas 10. O diretor acusou a empresa Citiluz, responsável pela manutenção até a chegada da Geoplan, de atuar com equipamento e pessoal reduzido. “A Citiluz tinha apenas um carro para atender a toda cidade de Juazeiro,” disse Joflaubert.

O diretor assumiu que a empresa depende dos usuários e de uma equipe da Prefeitura para identificar problemas na rede. Falou sobre a quantidade de peças usadas para a manutenção e os equipamentos em atividade. Sobre a expansão da rede, Joflaubert citou apenas a iluminação de especial de natal e o pedido do prefeito interino, Luiz Ivan Bezerra, para melhorar a iluminação da Rua São Pedro.

Reação imediata

Após o pronunciamento, imediatamente, vários vereadores fizeram inscrição para falar sobre o assunto. O vereador Adauto Araújo (PSC), citou um caso de dois meses para a troca de uma simples lâmpada, ainda, sem solução. Segundo Adauto, o serviço de atendimento pelo telefone não funciona. Ele propôs uma melhor avaliação dos serviços da empresa.

O vereador Tarso Magno (PR), foi além. Ele disse que nunca viu uma empresa com um serviço tão ruim. O vereador disse receber todos os dias um número altíssimo de reclamações acerca de locais as escuras na cidade. Para Tarso, o Município não pode renovar o contrato da empresa, sob pena de ser questionado na Câmara.

Segundo o vereador Cláudio Luz (PT), não há comprovação dos serviços, o que, fere cláusulas contratuais. O vereador observou que o contrato vence agora em agosto e a Prefeitura já encaminhou aditivo. Cláudio disse que a empresa já recebeu mais de R$ 2,9 milhões, em menos de um ano e não se sabe que serviços foram prestados. O vereador disse que o recurso foi pago em parcelas fixas mensais, o que, também, não está previsto no contrato.

Normando Sóracles (PSL), reclamou do atendimento ineficiente e disse que a empresa deveria ter uma equipe nas ruas e não esperar pela população para identificar os problemas. Normando falou em um valor de R$ 4 milhões destinados aos serviços e a empresa não consegue trocar uma lâmpada.

Os parlamentares reclamaram da dificuldade em trazer o representante da empresa à Câmara Municipal. Os parlamentares denunciaram a empresa no Ministério Público do Estado (MPCE), que instaurou Ação Civil Pública para investigar o contrato. A promotora Alessandra Magda Ribeiro intermediou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), entre a empresa, a Câmara e MPCE.

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