quarta-feira, 13 de maio de 2015

Câmara de Juazeiro: Gledson diz que sessão serviu para “lavar a roupa suja”

O vereador Gledson Bezerra (PTB) avaliou a sessão dessa terça-feira (12), como o momento para a Câmara lavar a roupa suja. Gledson se referia aos comentários sobre as declarações do vereador Antônio Cledmilson (PSD) na semana passada. Cledmilson afirmou que existem vereadores usando a Câmara de Juazeiro como palanque político.

Gledson destacou que a palavra “parlamento” vem de termo “parlar”, que significa falar, debater. “Essa é uma Casa de debate. O que, não precisa dizer que todos têm que falar. Por isso, é preciso respeitar o posicionamento e o estilo de cada vereador”, disse Gledson.

O debate foi levantado pelo vereador Normando Sóracles (PSL), durante o grande expediente, quando usou seu espaço para se defender das acusações do vereador Cledmilson. Normando desabafou dizendo que pode ter seus excessos, mas que tem boa intenção e procura fazer um bom trabalho.

Normando assumiu que é pré-candidato a prefeito, mas que na Casa existem outros dois vereadores nessa mesma condição. “Há de se destacar o bom trabalho que outros vereadores desempenham nos bastidores. Mas, não vou mudar; não vou deixar de falar é o meu estilo”, finalizou Normando.

Queda de braço com o Hospital Regional

Durante visita ao Hospital Regional do Cariri (HRC), para verificar denúncia de falta de soro, o vereador Normando Sóracles acabou sendo barrado. O vereador destacou que a segurança não permitiu sua entrada para fazer a fiscalização. A presença do vereador foi avisada à direção do hospital, que solicitou o envio de ofício para decidir sobre o acesso às dependências e documentos.

Normando disse que não vai enviar ofício e solicitou que a Casa, através da sua assessoria jurídica, que faça valer sua prerrogativa enquanto parlamentar. “O hospital recebe verba pública do município. Como vereador, tenho o dever de fiscalizar os interesses dos cidadãos de Juazeiro. E disso, não abro mão” disse Normando.

Os vereadores Tarso Magno (PR) e Gledson Bezerra, foram solidários a Normando com relação ao embate com Hospital Regional. Tarso disse que já enfrentou situação parecida no mesmo hospital. Já Gledson disse que a Câmara tem fazer valer seus atributos e prerrogativas para que os vereadores sejam respeitados.

O vereador Preto Macedo (PMDB), ressaltou que o Hospital Regional não vem cumprindo com suas responsabilidades. Segundo ele, a falta soro é o mínimo. “O Regional não está fazendo exames importantes como ressonância magnética”, disse Preto, ressaltando que o HRC recebe para realizar os exames.

O assessor jurídico da Câmara, Erivaldo Oliveira, disse que vai recorrer à via administrativa. Segundo o assessor, a Casa enviará um documento solicitando o acesso livre dos parlamentares ao interior e aos documentos referentes a prestação de contas dos repasses do Município. Em caso de negativa, a Câmara recorrerá à justiça para fazer valer as prerrogativas do vereador.

Votação de veto

O presidente da Câmara, vereador Danty Benedito (PMN), colocou para apreciação do plenário Veto do prefeito Raimundo Macedo. O prefeito vetou o Projeto de Lei que responsabilizava o município pela contratação e remuneração de Bombeiros Civil para os quadros do Corpo de Bombeiros.

O projeto foi considerado inconstitucional pela procuradoria do Município. No veto a procuradoria destacou que o Parlamento não pode aprovar matéria que onere financeiramente o Poder Executivo. O veto foi mantido por 14 votos a 02. A votação aconteceu de forma secreta.

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