sábado, 20 de julho de 2013

Primeiros 6 meses da administração Raimundão é marcado pelo fechamento de serviços essenciais

O município de Juazeiro do Norte, segundo maior do Estado do Ceará, vive um verdadeiro dilema entre seu crescimento, impulsionado pela iniciativa privada, e as ações do governo Raimundo Macedo (PMDB) que seguem na contramão desse desenvolvimento. Enquanto o município cresce a passos largos, sendo, inclusive, destaque na mídia especializada, a administração fecha escolas, atendimentos de saúde e setores importantes para a assistência à população.

Com população estimada em 255.648 habitantes, feita pelo IBGE para 2012, o município precisaria de ações que incorporasse a crescente demanda. No entanto, só no setor da saúde, o prefeito Raimundo Macedo decidiu pelo fechamento da Urgência Pediátrica do Hospital São Lucas, plantão odontológico das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs); além de fechar 11 (onze) PSFs noturnos e o laboratório de Baciloscopia do Centro de Dermatologia, único gratuito a fazer o exame que identifica a tuberculose.

Uma cidade que cresce e aumenta seu Produto Interno Bruto (PIB). Somente entre os anos de 2009 e 2010, houve um crescimento de 23,50%, passando a contribuir com 2,52% para o PIB do Estado. Como resultado, há um incremento nos setores de comércio e indústria, ocasionando mais movimento e acumulo de bens. A frota de automóveis (carros e motos), por exemplo, teve um acréscimo de 70 mil unidades no último ano. No entanto, o setor de infraestrutura não consegue se antecipar aos problemas e o caos finda sendo o caminho mais provável. São ruas e avenidas esburacadas, esgotos e calçamentos estourados; além distribuição frenética de Semáforos pela cidade, como única alternativa para sanar o problema.

Juazeiro do Norte é, hoje, o eldorado dos empregos formais da Região do Cariri. São mais de 43 mil trabalhadores com carteira assinada, distribuídos em 4.500 empresas, que injetam milhões da economia mensalmente. Mas, nos quadros da prefeitura, ainda existem denúncias de profissionais contratados para setores como educação, com remuneração de R$ 250 reais, e atrasos de até 3 meses. Além disse, são constantes as denúncias de tráfico de influência na indicação dos cargos, assédio moral e sobre carga de trabalho.

Com tantos atrativos comerciais, há uma corrida natural por educação e qualificação. E para isso, Juazeiro tem se preparado de forma contundente. Hoje, são quatro faculdades particulares e uma federal, inclusive, com curso como medicina; além de abrigar campus e pólos de outras tantas universidade regionais públicas e nacionais particulares. Mas, quando se trata de educação básica, dever do município, a realidade tem sido bem diferente. Fechamento de escolas nas zonas rural e urbana, com oito já anunciadas, e a tentativa de retirada de direitos e salários dos professores, mancham e acabam por travar o que está sendo feito em nível superior.

Juazeiro ocupa a 3ª posição, com taxa de 14%, entre as cidades, onde o consumo mais cresce no interior do Brasil. E números como esse tem chamado a atenção de veículos de comunicação, grandes grupos empresariais e outros investidores. Mas, toda essa mídia positiva acaba sendo ofuscada pelas constantes manchetes negativas, ocasionadas pelo caos administrativo e político por que passa a cidade. Greves, protestos e prefeito encurralado em agencia bancária, acabaram ganhando repercussão regional, nacional e internacional.

Cidade pólo para vários setores, além de ser a terra da fé dos nordestinos, Juazeiro acaba funcionando como caixa de ressonâncias para todo o Nordeste brasileiro. Mas, todo esse potencial de desenvolvimento pode ser travada por falta de um projeto que contribua e seja parceiro da iniciativa privada no crescimento da Terra do Padre Cícero.

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