segunda-feira, 9 de maio de 2016

Impeachment de Dilma pode ir parar no Supremo

O processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff está se tornando uma novela sem fim, que pode ser decidida no Superior Tribunal Federal (STF). Para analistas, o Poder Legislativo já demonstrou sua incapacidade de revolver a situação, sem que haja uma intervenção do Judiciário.

Na manhã desta segunda-feira, 09 de maio, a população brasileira foi pega de surpresa com a notícia de que o presidente, em exercício, da Câmara dos deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), tinha anulado a votação pelo impedimento na Câmara, realizada no dia 17 de abril.

A decisão de Waldir Maranhão foi motivada por pedido do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, protocolado no dia 25 de abril. O presidente marcou nova eleição na Casa para a 5ª sessão, a contar desta de 9 de maio, o despacho foi veiculado no Diário Oficial.

No início da tarde, também desta segunda-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-PA), decidiu ignorar a decisão do presidente da Câmara é resolver dar prosseguimento ao processo na Casa. Renan recusou o pedido de devolução do processo a Câmara dos Deputados.

A decisão do presidente Renan teria sido tomada após consultas ao regimento interno do Senado e conversa com líderes partidários. Com a decisão, o resumo do parecer da Comissão do Impeachment do Senado deve ser lido no plenário.

Caso o processo siga, a previsão é que Dilma seja afastada na madrugada da próxima quinta-feira (12). A votação no Senado está marcada para começar na quarta-feira (11) e a oposição precisa apenas de maioria simples para afastar a presidenta.

O Governo e o presidente da Câmara já estudam recorrer ao STF contra a decisão do presidente do Senado.

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