sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Camilo acredita na continuidade da aliança PT-PSB para 2014


O secretário das Cidades, deputado estadual Camilo Santana, disse ontem ao Jornal O Estado que acredita na manutenção da aliança entre PT e PSB para as eleições de 2014. Na sua análise, não será fácil. Mas, apesar do incômodo criado pela disputa municipal deste ano, o PT manterá aliança com o PSB.

Para Camilo, “passada a eleição, independentemente do candidato que seja eleito para a chefia da capital, vamos trabalhar as parcerias, porque o que está em jogo é a população”. O secretário ressaltou que, na grande maioria dos municípios cearenses, assim com no âmbito nacional e estadual, os partidos tendem a manter a aliança.

Na avaliação do petista, a continuação da aliança é algo possível, sobretudo, porque, a presidente Dilma Rousseff deseja a manutenção para dar continuidade a suas propostas de desenvolvimento do Nordeste.

Sobre o calor da disputa, ainda na pré-campanha, Camilo Santana disse não guardar “mágoa”, porque não ter sido o indicado do partido para a disputa.

Teoria conciliadora

Tem razão o Camilo quando coloca o projeto nacional acima dos interesses locais. A questão nacional, no processo sucessório de 2014, deve ter mais força na discussão, que os tensionamentos entre governo e prefeitura. O problema é que o presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, já se articula nos bastidores para conhecer a viabilidade do seu nome na disputa para o Palácio do Planalto. E isso acaba, mesmo não tendo adesão, abalando a relação.

Agora na sucessão do governo do Estado, o governador Cid, deve seguir a mesma tese de escolha utilizada pela prefeita Luizianne Lins, ou seja, empurrar um nome “garganta abaixo”. É aí que ganha força o nome de Leônidas Cristino, como homem de confiança.

É bom lembrar que não existe aliança sem acordo e, pelo que se comenta em Fortaleza, Luizianne quebrou o acordo em dar participação do governador na escolha do nome para a prefeitura de Fortaleza e, isso, foi o pivô das tensões. O problema é que, caso Cid queira seguir a mesma lógica, o que deve acontecer, poderemos ter uma aliança sem consistência, amparada apenas pela questão nacional.

Pelas palavras do Camilo, o trabalho de reconciliação deve começar logo que acabe a eleição municipal. E, vale salientar, ele deve começar pelo próprio PT, principalmente, junto à prefeita Luizianne Lins. Mas, se a “tropa de choque” vai acalmar a ferra, Luizianne, e convencê-la a disputar uma cadeira na Câmara Federal e não o governo do Estado, só o tempo nos dirá. O acordo depende disso!

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