quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Ciro e Elmano batem boca na imprensa


Mesmo após a passagem do pleito eleitoral em Fortaleza, o coordenador da campanha do PSB, o ex-ministro Ciro Gomes, e o ex-candidato do PT, Elmano de Freitas continuam se agredindo na imprensa.

Em entrevista ao Diário do Nordeste, Ciro Gomes voltou a atacar Elmano de Freitas, dizendo que o petista é um “aborto da prefeita, Luizianne Lins; um aborto político. Ele foi inventado, não tem a menor tradição e não sabe o que é o gesto de grandeza de um democrata, que se revela muito mais na derrota do que na vitória (…); mas ele vai aprender.” Ciro se referiu ao fato de Elmano de não reconhecer a derrota.

Elmano de Feitas reagiu, indagando sobre “o que Ciro Gomes fez durante os quatro anos que passou como deputado federal”.

Na segunda, durante a comemoração da vitória de Roberto Cláudio, Ciro disse que “a visita de Lula ao Ceará foi imprudente, descuidada e ingrata.” A declaração ganha repercussão no momento em que o PT e o PSB fazem avaliações sobre os caminhos a serem construídos para as eleições de 2014.

Cabo de guerra

O que parece é que ambos os lados, ainda, não digeriram os ataques durante a campanha e as feridas parecem bem expostas. E o pior é que existe um grupo, em cada lado, disposto a mantê-la assim, sangrando. É uma espécie de cabo de guerra, onde um grupo tenta acalmar os ânimos e outro quer ver mesmo é ver o circo pegar fogo.

O problema com as atitudes é que, nenhum dos lados sai ganhando. Na verdade, toda essa troca de insultos e acusações desgastará os dois lados. Imagine que em 2014, todos estarão no mesmo palanque, pedindo votos para o mesmo projeto. A final, mesmo com as críticas ao ex-presidente Lula, os irmão Cid e Ciro, defendem o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Agora com relação a visita de Lula ao Ceará, as críticas de Ciro são infundadas e com a parcialidade de quem viveu apenas um lado da disputa. Lula é do PT. Elmano de Freitas era o candidato do PT. Lula é um militante, não mais presidente. E, no mais, campanha não política; campanha é uma coisa se aproxima do surto e do imponderável. E isso, deve ser levado em conta quando os ânimos voltam ao normal.

Mas, certo mesmo de toda essa situação é que Cid, Ciro, Luizianne e Elmano, precisam entender que a fase é outra. O que passou, passou; nada vai voltar a ser como antes, aliás, nunca se teve tranquilidade nessa aliança. O que sempre prevaleceu foi a coerência política sobre um projeto coletivo que, vale salientar, deve estar sempre acima das questões individuais. E que, nesse momento, não pode ser diferente!

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