segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Descaso em Araripe aumenta sofrimento da população com a seca


A forma como os órgãos públicos, como a prefeitura, tem tratado a questão da seca no município de Araripe, tem causado indignação em observadores e na população, principalmente, da zona rural.

O abastecimento de água em localidades como na Serra do Motor, situada no eixo norte do município está um verdadeiro descaso alimentado pela exploração. Segundo o agricultor conhecido por Everardo, filho do Senhor Chico Firmino, residente na serra, é preciso pagar pela carga d’água o valor de R$ 100. A água deveria ser distribuída de graça por órgãos como a Defesa Civil, ligada a prefeitura.

Na comunidade existe um poço profundo que poderia resolver em parte a situação das famílias do local. Mas, o poço está desativado, aproximadamente, há dois anos, segundo informações, por falta de uma bomba. O poço desativado, o descaso das autoridades e a necessidade da população, acabam estimula e obrigando as famílias se renderem ao carro pipa particular.

O apelo ao Governo do Estado, para que intervenha na situação e tome providências enérgicas, baseado na lamentável e inadmissível situação, vem do advogado Francisco Ione Pereira de Lima. Ele finaliza a denuncia dizendo que os agricultores da Zona Rural do Município de Araripe, clamam por socorro.

Falta prioridade

O que vemos no município de Araripe é um exemplo de gestão sem compromisso com o pequeno. Grande parte dos moradores de zona rural, seja em qualquer município, é composta de pessoas de baixo poder aquisitivo. E comprar água, por um valor de R$ 100 a carga que, geralmente, dura uma semana, é algo desumano.

Até podemos questionar o porquê dos moradores não se juntarem para, invés, de comprar a água, comprar ou concertar a bomba. Mas, não podemos esquecer que essa é uma tarefa do município, além, do que com mais de dois anos fechado, o poço deve precisar de mais que uma bomba nova.

Outra coisa que nos chama atenção é o fato de que o poço, provavelmente, foi feito com recursos do projeto São José, que pelo visto, não faz um acompanhamento das suas obras. Caso tivesse o compromisso de acompanhar o que fez, evitaria situações como essa. Se não com a interferência direta, mas se colocando cobrador do município, beneficiado com a obra.

Mas, a verdade é que a população do Araripe está sofrendo e totalmente abandonada. E o que se tira de lição dessa situação de sofrimento do povo do município é que, não basta fazer, tem que existir a preocupação com a manutenção; e não basta ter discurso e se reeleger, é preciso cumprir o que prometeu. E o prefeito de Araripe não tem cumprido o que prometeu. E, pior, tem abandonado o povo que o elegeu e reelegeu. Não é justo!

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